O crude do Mar do Norte, de referência na Europa terminou o dia no Intercontinental Exchange a cotar menos 1,20 dólares em relação à última sessão de transações na quinta-feira em que encerrou nos 76,87 dólares.
O Brent reagiu em baixa e está perto da barreira dos 75 dólares, depois de a Casa Branca ter confirmado que continua a planear impor tarifas de 25% sobre o México e o Canadá e de 10% sobre a China, o que preocupa os investidores sobre os possíveis efeitos desta medida no comércio mundial de petróleo.
De acordo com a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, as tarifas sobre o México e o Canadá devem-se ao facto de terem permitido uma "invasão sem precedentes de fentanil ilegal" no país e ao fluxo de imigrantes na fronteira dos EUA.
Trump disse também aos meios de comunicação social, na quinta-feira, que estava a considerar a possibilidade de cobrar direitos sobre o petróleo exportado para os EUA a partir destes países, ao que Lewitt respondeu que ainda não se sabia se o Presidente iria conceder uma exceção para as importações de crude do México e do Canadá.
De acordo com os últimos dados disponíveis da Energy Information Administration (EIA), os Estados Unidos importaram quase 4,6 milhões de barris de petróleo por dia do Canadá e 563 mil barris do México em outubro de 2024. Durante esse mês, a produção diária de petróleo nos EUA foi de cerca de 13,5 milhões de barris.
O mercado aguarda também a próxima reunião dos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e dos seus aliados, incluindo a Rússia, marcada para segunda-feira, depois de Trump ter instado o organismo a baixar os preços do petróleo como solução para acabar com a guerra na Ucrânia.
O Presidente norte-americano declarou também uma emergência energética nacional à sua chegada à Casa Branca, a 20 de janeiro, e procura aumentar a produção petrolífera dos EUA para reduzir o custo do barril.
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