Nos últimos dias, muito se tem falado - e escrito - sobre a corrida ao Novo Banco. Afinal, o que está em causa? O Notícias ao Minuto reuniu, neste artigo, os quatro pontos essenciais:
1. Lone Star quer vender 25% a 30% do Novo Banco
O ministro das Finanças disse que a informação que tem é que a Lone Star pretende fazer uma Oferta Pública de Venda (OPV) sobre cerca de 25% a 30% do capital do Novo Banco e não da totalidade da participação.
O ministro salientou que o Governo nunca teve "informação de que a Lone Star esteja vendedora da totalidade dos 75% que detém no banco".
Contudo, fontes do setor financeiro afirmam que ainda não foi descartada a venda direta da totalidade do Novo Banco. Neste caso, se o comprador fosse um banco já presente em Portugal levaria a uma fusão.
2. CGD está interessada?
Questionado sobre uma notícia do Jornal Económico de que o Governo está interessado em que a Caixa Geral de Depósitos (CGD) avance com a compra do Novo Banco, o ministro reiterou que o executivo "respeita a autonomia de gestão da Caixa Geral de Depósitos".
3. CMVM diz que "entrada de mais empresas em bolsa é sempre positivo"
Por sua vez, o presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) disse, a propósito da possível ida para bolsa do Novo Banco, que a entrada de mais empresas é sempre positiva para o mercado de capitais.
"É sempre positivo, é sempre positivo quando existem mais entidades a entrar no mercado, mas a decisão de entrar ou não entrar compete única e exclusivamente aos acionistas e a quem tem de tomar decisões sobre o percurso de cada entidade", afirmou Laginha de Sousa, na conferência de imprensa, em Lisboa, de apresentação da estratégia do regulador dos mercados financeiros para este ano.
Contudo, o presidente da CMVM não quis adiantar mais informação por se tratar de um emitente específico. Ainda sobre o tema, acrescentou apenas que o mercado de capitais tem a particularidade de que a entrada de novas empresas "não retira espaço às que já existem".
4. BCP vai avaliar Novo Banco, mas afasta possibilidade de comprar parte em bolsa
O presidente do BCP já disse que o banco não participará numa compra parcial de ações do Novo Banco, mas que numa eventual venda direta avaliará se a aquisição lhe trará vantagens.
"O BCP tem uma estratégia que assenta exclusivamente no crescimento orgânico. [...] Se o preço for adequado, se criar valor para os acionistas, se fizer sentido para a economia portuguesa poderemos considerar. Mas não precisamos disso", afirmou Miguel Maya.
Maya destacou que o BCP tem uma quota de mercado próxima de 20%, "eficiência elevada e rentabilidade adequada" que lhe permitem fazer um investimento apenas se esse "criar inequivocamente valor".
O Estado detém direta e indiretamente 25% do capital do Novo Banco. O Fundo de Resolução detém 13,54% e o Estado 11,46% (através da Direção-Geral do Tesouro e Finanças).
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