As exportações da principal economia da América Latina totalizaram 25,18 mil milhões de dólares (24,38 mil milhões de euros) no primeiro mês do ano, menos 5,7 % em termos homólogos, enquanto as importações subiram 12,2 % para 23,02 mil milhões de dólares (22,28 mil milhões de euros), resultando num superavit de 2,16 mil milhões de dólares (2,08 mil milhões de euros), contra os 6,2 mil milhões de dólares (6 mil milhões de euros) registados em janeiro de 2024, segundo dados do Ministério da Indústria e Comércio.
A queda das exportações deve-se a um pior desempenho de setores-chave da economia, como a agricultura e a pecuária e a indústria extrativa, cujas exportações caíram 10,1% e 13,6%, respetivamente.
As exportações de soja, por exemplo, caíram 70,1% em janeiro, em comparação com o mesmo mês do ano passado.
Os países que mais sentiram essa queda foram a China (-29,7%) e os Estados Unidos (-4,3%), enquanto as exportações para a Argentina e a União Europeia (UE) aumentaram 57,9% e 28,3%, nessa ordem.
Do lado das importações, estas aumentaram 20,3% em janeiro no setor agrícola e 13,4% na indústria transformadora.
Este movimento ascendente foi influenciado pelo aumento das compras de determinados produtos, como frutas, cacau em bruto, geradores elétricos e peças de veículos.
O Brasil, um dos maiores produtores mundiais de matérias-primas, importou mais em janeiro dos seus principais parceiros comerciais: China (+18,3 %), Estados Unidos (+7,6 %), Argentina (+11,2 %) e União Europeia (+2,1 %), segundo dados oficiais.
Em 2024, o país sul-americano obteve um excedente comercial total de 74,6 mil milhões de dólares (72,21 mil milhões de euros), o segundo melhor saldo da sua história, embora 24,6 % menos do que em 2023.
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