Num discurso na University of Chicago Booth School of Business, em Londres, Bailey assinalou que "há uma reação a decorrer contra a regulação", em particular face à regulação estabelecida em resposta à crise financeira de 2008.
"Não devemos esquecer os danos duradouros causados", afirmou, citado pela Bloomberg.
Os comentários de Bailey surgem num contexto de alteração da postura face à regulamentação e que tem afetado várias geografias, desde os Estados Unidos da América, o Reino Unido ou a União Europeia.
A introdução do quadro de estabilidade financeira Basileia 3.1 foi adiada nas três regiões, tendo Bailey atribuído este adiamento aos bancos norte-americanos.
No Reino Unido, o Governo trabalhista fez das reformas do planeamento e outros tipos de desregulamentação uma peça central para a agenda de crescimento, tendo sinalizado a vontade de diluir as regras bancárias para facilitar o acesso das famílias ao crédito à habitação.
De igual forma, refere a Bloomberg, os requisitos de capital dos bancos mais pequenos também podem ser aliviados.
"É sensato evitar a ideia de que a regulamentação é a melhor solução para qualquer problema, mas não vamos cair na noção oposta de que é sempre, por definição, a pior alternativa", disse o governador.
"A crise financeira demonstrou que não há crescimento sustentável sem estabilidade financeira", acrescentou.
Bailey sinalizou os fundos de cobertura ('hedge funds' em inglês) como um risco para a estabilidade financeira e defendeu que é fundamental "ter e desenvolver instrumentos de avaliação e intervenção".
Na opinião do governador, estão a subestimar-se as mudanças nos mercados financeiros.
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