O ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, recusou-se esta quarta-feira, no Parlamento, a comentar as notícias que dão conta que o Governo quer vender pelo menos 49% da TAP. O Governo mantém a posição de vender 100% da transportadora, mas quer um "estreito diálogo" com o PS e está disponível para encontrar soluções quanto à percentagem a privatizar.
"Não tenha dúvidas absolutamente nenhumas, [vender] 100% da TAP é a nossa posição", garantiu o ministro das Infraestruturas e Habitação, em resposta a questões da Iniciativa Liberal.
"Não vou comentar notícias da Bloomberg. Já disse publicamente o que tenho a dizer sobre a TAP. Este é um Governo minoritário que irá fazer a sua discussão", disse o ministro, em resposta aos deputados na Comissão de Economia, Obras Públicas e Habitação.
Miguel Pinto Luz reafirmou: "Não tenho mais nada a acrescentar sobre a notícia que saiu, porque não diz rigorosamente nada".
O Governo está a ponderar vender pelo menos 49% do capital da TAP, num processo de privatização que deverá arrancar em março e poderá estar concluído até à primeira metade de 2026, avançou na terça-feira a Bloomberg.
Segundo a agência de informação financeira, que cita fontes próximas do processo, a venda de pelo menos 49% do capital da companhia aérea deverá arrancar em março e poderá estar concluída até final do ano ou já na primeira metade de 2026.
Questionado pelo Chega, Miguel Pinto Luz disse que o processo de privatização da TAP está neste momento em "avaliação interna" e que o Governo irá depois publicar um decreto-lei com as regras para a venda, à semelhança do que o anterior executivo socialista fez, em dezembro de 2023, e que foi vetado pelo Presidente da República.
"Nós desta vez queremos que seja o mais transparente e dialogante possível", vincou o ministro das Infraestruturas.
O Governo reuniu-se recentemente com interessados na compra da transportadora aérea portuguesa, no âmbito do processo de reprivatização preparado pelo anterior executivo socialista, que o queria concluir em 2024, mas que ficou em espera com a mudança de Governo.
Os três grandes grupos aéreos europeus - Lufthansa e Air France-KLM e IAG - manifestaram publicamente interesse no negócio.
Sobre o novo aeroporto, o ministro assegurou que "está tudo a acontecer dentro dos prazos". "Estamos a cumprir estritamente todos os prazos", reiterou.
[Notícia atualizada às 10h46]
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