O CEO do BPI, João Pedro Oliveira e Costa, propõe ordenados mais altos em troca de um compromisso com o banco, com o objetivo de reter talento, em particular dos mais jovens. O objetivo é aproximarem-se do dobro do salário mínimo nacional (cerca de 1.700 euros brutos por mês) para jovens em início de carreira.
"Nós não só damos formação, como eu quero, tenho que ter um desígnio de manter os melhores talentos em Portugal. Porquê? Porque eu vou precisar deles. Quem me vem combater a mim, a banca portuguesa, aqui em Portugal, são pessoas que têm esse talento e o que eu não posso ter é talento português a combater o meu talento aqui. Por isso eu tenho que o atrair, dar-lhe formação, mas também tenho que lhe pagar e tenho que lhe pagar acima daquilo que é a entrada mínima", disse o CEO do BPI, ao programa O Mistério das Finanças, do ECO e da CNN Portugal.
João Pedro Oliveira e Costa sublinha, contudo, o compromisso, uma vez que contou ter afirmado perante uma plateia de jovens "iniciados" que se alguém ali não quisesse estar no BPI dali a cinco anos, podia sair da sala.
"Acho que falta esse nível de compromisso nas pessoas", esclareceu, em declarações ao mesmo programa. "As pessoas pensam que quando saem da universidade sabem alguma coisa. Não sabem", concluiu.
"E por isso eu peço esse compromisso, tal como eu também me vou comprometer com eles. Eu vou-me comprometer em dar-lhes formação, vou comprometer-me a pagar acima do que se calhar eles estariam à espera ou do que é a média que se paga aos jovens e vou-lhes dar uma formação que vai ser um grande cartão de visita deles para o futuro. Que depois desses cinco anos eles possam ir à sua vida, eu até acho fantástico, não tenho nada contra", prosseguiu.
Segundo o CEO da instituição, o BPI contratou 225 jovens no ano passado.
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