"Enviámos para aprovação (ao Governo russo) o projeto de decreto de prorrogação por um ano e consideramos que é uma boa oportunidade para esclarecer alguns dos seus pontos", disse o vice-ministro das Finanças Alexei Moiseev aos jornalistas, citado pela Interfax.
Segundo Moiseev, é a "altura apropriada" para alterar a proposta, uma vez que o decreto presidencial, que estabelece níveis obrigatórios de depósitos e vendas de moeda estrangeira para garantir a estabilidade do rublo, expira em 30 de abril.
Em fevereiro e março de 2022, pouco depois do início da guerra na Ucrânia, o Presidente russo decretou a venda e o repatriamento obrigatórios de 80% das divisas ganhas pelas empresas russas para travar o colapso do rublo, que chegou a atingir 120 unidades por dólar sob a pressão das sanções ocidentais.
A medida foi retomada por seis meses em outubro de 2023 e posteriormente prorrogada até ao final de abril de 2025, porque a moeda russa tinha perdido um terço do seu valor em menos de um ano e ultrapassava os 100 rublos por dólar.
De acordo com Moiseev, algumas empresas russas sujeitas a sanções ocidentais não conseguem cumprir os requisitos, uma situação que está atualmente a ser estudada pelo Ministério das Finanças.
A medida aplica-se a 43 grupos de empresas dos setores de energia, metalurgia, química e madeira, além da exportação de grãos, embora os exportadores possam solicitar uma isenção da medida entrando em contacto com a comissão de investimentos estrangeiros do Governo.
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