Raize abandona possível processo contra dois ex-administradores

A Raize -- Instituição de Pagamentos decidiu retirar dos pontos a debater na sua assembleia-geral um possível processo contra dois ex-administradores, na sequência de uma auditoria do Banco de Portugal (BdP), que multou a empresa em 70 mil euros.

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Lusa
19/03/2025 15:33 ‧ há 5 horas por Lusa

Economia

Raize

Num comunicado, hoje divulgado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o grupo disse que "na sequência de auditorias realizadas 'on-site' nas instalações da Raize em janeiro e junho de 2020, foram detetadas pelo Banco de Portugal evidências de desconformidades nos mecanismos internos da Sociedade destinados a assegurar a gestão de riscos, o controlo interno e a prevenção do branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo".

 

Segundo o grupo, "consequentemente, o Banco de Portugal instaurou um processo contraordenacional sumaríssimo contra a Raize", tendo culminado, no final do ano passado, numa decisão "na qual condenou a sociedade ao pagamento de uma coima de 70.000,00 euros".

A empresa explicou que "a instauração do processo e condenação da Sociedade levaram o Conselho de Administração da Raize a colocar à consideração dos acionistas da sociedade a propositura de eventual ação judicial de responsabilidade civil contra os anteriores administradores executivos", José Santos Rego e António Silva Marques, tendo o tema sido incluído na agenda de trabalhos da assembleia-geral (AG), para o dia 31 de março, segundo a convocatória publicada em 10 de março.

No entanto, adiantou, "na sequência da informação adicional prestada pelos anteriores administradores executivos, no dia 14 de março de 2025" o Conselho de Administração da Raize "deliberou retirar o ponto 4 da ordem de trabalhos da assembleia geral anual relativo à apresentação de ação judicial de responsabilidade contra os mesmos".

"De acordo com a decisão do Banco de Portugal não foram identificados quaisquer indícios de prejuízos causados a terceiros ou intenção da Raize de obter de benefícios, para si ou outrem, não foram identificados quaisquer atos de ocultação e não foi identificado qualquer perigo ou dano ao sistema financeiro ou à economia nacional", ressalvou a sociedade.

A Raize referiu ainda que, "para reforço dos fundos próprios da sociedade, na próxima assembleia geral anual será apreciada uma proposta do Conselho de Administração" de conversão "de um montante de 10.000 euros de créditos a título de suprimentos concedidos pelo acionista Flexdeal" em "prestações acessórias de capital sujeitas ao regime das prestações suplementares".

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