A Embraer disse em comunicado que está "ainda a avaliar as consequências da decisão, que irá adicionar complexidade e custos aos seus negócios e clientes nos Estados Unidos".
A empresa recordou que investiu 3,5 mil milhões de dólares (3,19 mil milhões de euros) nos EUA nos últimos 45 anos, onde tem fábricas e centros de manutenção, que empregam 2.500 trabalhadores.
O comunicado foi divulgado numa altura em que os Estados Unidos anunciaram uma tarifa universal de 10%, que vai afetar as exportações do Brasil para aquele país.
A Embraer é o terceiro maior fabricante mundial de aviões e tem os Estados Unidos como principal mercado, tanto para jatos executivos, como para aviões comerciais.
A empresa brasileira tem fábricas de montagem de jatos executivos nos Estados Unidos, mas a maior parte da sua produção, especialmente de aviões comerciais, está sediada no Brasil.
No segmento da aviação comercial, a empresa tem uma carteira de encomendas de pelo menos 907 aviões encomendados por companhias aéreas norte-americanas, incluindo a American Airlines, Republic, Skywest e United.
A Embraer é fabricante e líder mundial de aeronaves comerciais até 150 lugares, tem mais de 100 clientes em todo o mundo e mantém unidades industriais, escritórios, centros de serviço e de distribuição de peças, entre outras atividades, no continente americano, África, Ásia e Europa.
Em Portugal, é acionista maioritária da OGMA - Indústria Aeronáutica de Portugal, em Alverca, com 65% do capital.
Leia Também: Tarifas? Trump quer chegar a "acordos à medida" com países taxados
