Cerca das 09h05 em Lisboa, o PSI mantinha a tendência da abertura e descia 2,04% para 6.306,92 pontos, com 14 'papéis' a descer e um a manter a cotação (Ibersol em 8,54 euros).
A Galp anunciou na terça-feira que vai propor aos acionistas, em assembleia-geral (AG), marcada para hoje, a redução do capital social até 9%, por extinção de ações próprias, segundo dois comunicados enviados ao mercado.
Na convocatória e propostas à AG, publicadas na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Galp informa que vai propor aos acionistas "aprovar a redução do capital social da sociedade até 9% de ações representativas do capital social por extinção de ações próprias, delegando no Conselho de Administração, pelo prazo de 18 meses, todos os poderes necessários" para isso.
Entre os pontos em cima da mesa, a Galp irá propor a atribuição de dividendos de 0,62 euros por ação, lembrando que "distribuiu, a título de adiantamento de lucros do exercício de 2024, o montante de 212.401.368,20 euros correspondente a 0,28 euros por ação em circulação".
Às ações da EDP Renováveis e da Galp seguiam-se as da Mota-Engil e dos CTT, que desciam 2,29% para 3,08 euros e 2,19% para 6,71 euros.
As ações da Sonae e da NOS recuavam ambas 1,93% para 1,01 e para 4,07 euros, bem como as da REN e da Semapa, que baixavam 1,85% para 2,65 euros e 1,80% para 14,92 euros.
Com a mesma tendência, as ações da EDP, Corticeira Amorim e Jerónimo Martins desvalorizavam-se 1,47% para 2,95 euros, 1,23% para 7,21 euros e 1,15% para 19,69 euros.
As outras três ações que desciam de cotação eram as da Navigator, Altri e BCP, designadamente 0,88% para 3,14 euros, 0,84% para 5,92 euros e 0,77% para 0,49 euros.
As principais bolsas europeias abriram hoje em baixa com quedas de cerca de 3%, depois da entrada em vigor, ao início da manhã, das chamadas "tarifas recíprocas" impostas pelos Estados Unidos aos parceiros comerciais.
As denominadas "tarifas recíprocas" impostas pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, são de 104% para a China e de 20% para a União Europeia (UE) e taxas adicionais até 50% para mais de cinquenta países.
O aumento de 20% das tarifas sobre os produtos da União Europeia (UE) importados pelos Estados Unidos entrou em vigor hoje, afetando cerca de 20% de todo o comércio externo da maior economia de consumo do mundo e poderá ter um forte impacto nos automóveis, máquinas e produtos farmacêuticos.
Na Ásia, o principal índice da Bolsa de Tóquio, o Nikkei, caiu hoje 3,93%, depois de uma sessão volátil marcada pela preocupação com o novo aumento das tarifas norte-americanas sobre a China e a entrada em vigor das " tarifas recíprocas", enquanto a Bolsa de Seul fechou em baixa, a recuar 1,74% e o índice de referência da Bolsa de Taipé, o Taiex, caiu 5,79%.
Em contrapartida, os índices de referência das bolsas de Xangai e Shenzhen fecharam em alta, a subirem 1,31% e 1,22%, respetivamente.
O ministro das Finanças do Japão, Katsunobu Kato, disse hoje que a taxa de câmbio dólar iene será uma das questões em cima da mesa nas negociações tarifárias com os Estados Unidos.
Os futuros de Wall Street apontam a esta hora para quedas moderadas, que são de 0,15% para o S&P 500, de 0,19% para o Dow Jones Industrials e de 0,10% para o Nasdaq.
Wall Street terminou mista na terça-feira.
O preço da onça de ouro, um ativo de refúgio, estava a subir para 3.045,29 dólares, contra 2.986,06 dólares na terça-feira e o atual máximo histórico, de 3.131,52 dólares, atingido em 02 de abril.
O preço do petróleo Brent para entrega em junho, a referência na Europa, baixava para 61,02 dólares, um mínimo desde 24 de setembro de 2021, contra 61,82 dólares na terça-feira. O preço do barril de West Texas Intermediate (WTI), petróleo de referência nos EUA também descia, designadamente 2,69%, para 57,93 dólares.
O euro estava a avançar, a cotar-se a 1,1063 dólares no mercado de câmbios de Frankfurt, um máximo desde 30 de setembro de 2024, contra 1,0930 dólares na terça-feira.
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