"Tememos que, se não houver razoabilidade no meio disto [...] possa acarretar uma crise, quer para o mercado americano, para as suas pessoas, e falta de poder de compra é diminuir o consumo", disse o presidente no final de uma reunião com o ministro da Economia, Pedro Reis, para avaliar "o impacto e as medidas de mitigação" das tarifas que o Presidente dos EUA, Donald Trump.
Francisco Calheiros disse não ter "nota de qualquer abaixamento" no que toca às previsões para o turismo este ano relativas ao mercado americano, sendo que este é um mercado "com grande poder de compra e é um mercado que fica mais pernoitas do que é normal".
"As nossas exportações são as importações dos turistas, nós não exportamos vinho, cortiças, peças de automóveis, portanto nesta fase não estamos, digamos assim, abrangidos por este aumento de tarifas", afirmou o presidente da confederação.
O dirigente disse ainda que "a nível europeu a negociação não é numa base de retaliação" e acrescenta esperar que a situação não afete o verão em Portugal.
O Ministério da Economia reúne-se com associações empresariais de diversos setores entre terça-feira e hoje para avaliar "o impacto e as medidas de mitigação" das tarifas que o Presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou há uma semana, de 20% a produtos importados da União Europeia e que acrescem às de 25% sobre os setores automóvel, aço e alumínio.
As novas tarifas de Trump são, segundo o Presidente norte-americano, uma tentativa de fazer crescer a indústria dos Estados Unidos, ao mesmo tempo que punem os países por aquilo que disse serem anos de práticas comerciais desleais.
O Conselho de Ministros de quinta-feira vai discutir o tema das tarifas aduaneiras aplicadas pelo presidente dos Estados Unidos da América e debater eventuais respostas, depois das reuniões do Governo com associações empresariais.
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