Em causa estava o pagamento dos juros do empréstimo obrigacionista de 50 milhões de euros com maturidade de 10 anos que foi comercializado em 2004 aos balcões do então BPN e que devia ter sido feito a 25 de outubro, algo que não aconteceu.
Na segunda-feira, o presidente da Associação Nacional de Defesa dos Direitos dos Clientes do BPN (ANDDCBPN), António Henriques, tinha revelado à Lusa que a Galilei lhe garantiu o pagamento dos juros das obrigações de 2004 - e também dos juros relativos a outra emissão de 2006 - até à data de hoje.
"A Galilei sempre pagou os juros destas emissões até hoje. Houve um ligeiro atraso no pagamento dos juros da emissão 'SLN Rendimento Mais 2004', mas a questão já foi regularizada", disse à Lusa fonte da empresa.
No total, são perto de 500 os clientes que devem ter recebido hoje nas suas contas os montantes relativos aos juros da emissão de 50 milhões de euros, cujo capital só é pago no final da maturidade.
Segundo revelou à Lusa fonte oficial da Galilei, a empresa vai realizar no dia 25 de novembro uma Assembleia Geral destinada exclusivamente aos obrigacionistas desta emissão, no sentido de propor o prolongamento do prazo de vencimento da mesma, que terminava já este ano, para 2016.
Nesse mesmo ano, ocorrerá também o vencimento do prazo de outra emissão da SLN, lançada em 2006, e que também tem um valor global de 50 milhões de euros, tendo sido subscrita por aproximadamente 600 clientes.
O objetivo da administração da Galilei é que os montantes em causa nas duas emissões sejam liquidados em conjunto, dentro de dois anos.
"A partir de quinta-feira, a administração vai reunir com os obrigacionistas destas emissões em todo o país, de Loulé a Bragança, para dar a cara e prestar todas as informações sobre o empréstimo obrigacionista de 2004, e preparar a Assembleia Geral de dia 25", avançou fonte oficial.
Estas duas emissões são os últimos empréstimos obrigacionistas da 'era SLN', segundo a informação hoje recolhida.
A Lusa tentou contactar hoje António Henriques, da associação de clientes, mas tal não foi possível até ao momento.
