A posição de José Abraão foi transmitida na reunião da Comissão Nacional do PS, mas segundo o que próprio afirmou aos jornalistas não obteve para já qualquer resposta da parte do secretário-geral socialista e primeiro-ministro, António Costa.
No final da reunião, José Abrão considerou "incompreensível e inaceitável" o facto de o projeto de lei do PS sobre as 35 horas de trabalho por semana prever que essa mudança só entre em vigor a partir de julho deste ano.
"Bem sei que em algumas situações é necessário adaptar o número de trabalhadores. Mas, entre os trabalhadores, havia uma enorme expetativa de uma mudança classificada como prioritária", alegou.
De acordo com o dirigente socialista, a UGT "não aceita que um diploma com esta importância, que repõe a justiça no tempo de trabalho, entre em vigor apenas meio ano depois de entrar na Assembleia da República".
"Não faz sentido pedir-se aos trabalhadores para esperarem meio ano. Se isso fosse feito estaríamos a privar mais de meio milhão de trabalhadores da redução do horário de trabalho. Esta é uma das grandes expetativas dos trabalhadores da administração pública e o diploma tem de entrar em vigor o mais rapidamente possível", insistiu o dirigente da UGT.