Enquanto os patrões dizem que a redução do horário de trabalho vai necessariamente aumentar a despesa pública com pessoal, os sindicatos rejeitam a tese e apresentam uma solução: acabar com a requalificação.
Para responder ao argumento de que menos horas de trabalho implicam mais horas extraordinárias ou mais pessoas, o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (SINTAP) lembra os 800 trabalhadores em requalificação disponíveis.
“De uma cajadada, o Governo mata dois coelhos e cumpre duas promessas eleitorais”, disse à Renascença José Abraão em nome do SINTAP.
O sindicato exige ainda que a reposição das 35 horas semanais de trabalho seja aplicada a todos os trabalhadores na Função Pública, independentemente do seu contrato de trabalho.
A medida proposta pelo PS aponta para a entrada em vigor a 1 de julho, mas os sindicatos pedem uma antecipação da data ameaçando com um pré-aviso de greve da Frente Comum e uma ameaça da FESAP.
Entretanto, fontes socialistas adiantaram a várias publicações que essa data é meramente "indicativa", admitindo antecipá-la caso os serviços estejam devidamente reorganizados.