Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas à margem da comemoração dos 140 anos da Caixa Geral de Depósitos, que decorre hoje no balcão deste banco em Belém, tendo sido questionado sobre a ideia defendida, num entrevista ao DN e à TSF, pelo primeiro-ministro, António Costa, de que seria "útil para o país encontrar um veículo de resolução do crédito malparado".
"Essa é uma fórmula que já foi ponderada ou utilizada noutras economias e portanto nesse sentido não é uma realidade nova, que longe de significar um juízo negativo sobre o sistema financeiro, pelo contrário, olhando para outros exemplos, é uma prova de confiança no sistema financeiro e uma ajuda adicional para fortalecer um sistema financeiro como o sistema financeiro português", observou.
O Presidente da República disse que viu a entrevista do primeiro-ministro e destacou que António Costa "manifestou a sua confiança no sistema financeiro, na banca portuguesa".
"O que disse é que, como aconteceu noutros países, há fórmulas de encarar a questão de certo tipo de passivos. Isso aconteceu no país vizinho [Espanha], está a acontecer noutros países, ou pelo menos a ser equacionado", vincou.
No entanto, daquilo que Marcelo disse ter percebido, a mensagem de Costa foi "de confiança na banca portuguesa".