Os importadores são da Alemanha, Brasil, Canadá, Estados Unidos, Japão, Noruega, Reino Unido, Suécia e Suíça. No primeiro lugar surge o mercado norte-americano, que em 2015 importou mais 31% de vinhos verdes face ao ano anterior.
Neste momento, quatro importadores brasileiros estão de visita a quintas e adegas da região, participando em provas e harmonizações gastronómicas.
Laércio Silva, de São Paulo, é um desses importadores e, ouvido pela Lusa, disse ser "a primeira vez" que visita a região, muito embora já tenha negócios com produtores locais.
"Além de importador, indico vinhos para outros importadores. Sou um facilitador e ajudo as marcas a crescer" no mercado brasileiro, explicou Laércio Silva.
O importador disse que, "do "último ano para cá, houve um grande crescimento do vinho verde rosé" e as importações dispararam, por ser um néctar que "encaixa muito bem no bom, bonito e barato".
Laércio Silva associa o interesse brasileiro pelo vinho verde ao consumo de bacalhau introduzido através da emigração portuguesa. Acrescenta que é no litoral, nomeadamente na região do Rio de Janeiro, que se bebe mais vinho verde, por ser também aí que se consome mais peixe.
"Gosto muito de vinho verde", disse ainda este importador, declarando-se "satisfeito" com esta primeira incursão à região porque permitiu encontrar "novos parceiros" para o seu negócio.
Uma grande prova de vinhos verdes serve de ponto de partida para que cada importador selecione seis a oito produtores com quem terá reuniões individuais, explica a Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV), seguindo-se visitas a quintas produtoras.
Depois dos quatro importadores brasileiros, a região recebe na próxima segunda-feira um alemão. Na mesma altura, quatro jornalistas alemães e um suíço convidados pela CVRVV procurar conhecer "detalhes sobre os vinhos Verdes, os agentes económicos e a região".
Ao longo de duas semanas, os produtores de vinhos verdes estão assim focados em três dos principais destinos de exportação: Brasil, Alemanha e Suíça. Em conjunto, estes três países "representam mais de 15 milhões de euros" de compras e mantêm "um crescimento assinalável".