No total, a atribuição das Autorizações de Residência para a atividade de Investimento (ARI) - os chamados vistos 'gold' - representa um investimento de 2.202.691.883,35 euros, segundo Augusto Santos Silva, que falava aos jornalistas no final de uma audição na comissão parlamentar de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas.
"Os valores e autorizações concedidas são os mais altos" de sempre, apontou.
Na reunião, o governante revelara que por mês, em média, este ano, são aprovadas 136 novas autorizações de residência para investimento, e que em maio e junho o valor chegou aos 157, em cada um dos meses.
"Os valores de processos tramitados e de autorizações concedidas são neste momento os mais altos da existência do programa", garantiu o ministro aos deputados, afirmando também que a tramitação tem sido melhorada.
No primeiro semestre deste ano, o investimento totalizou cerca de 500 milhões de euros, "na maioria dos casos, associados a investimento imobiliário".
Em resposta ao deputado do CDS-PP Filipe Lobo d'Ávila, Santos Silva comentou que a "larguíssima maioria" de pedidos dizem respeito à aquisição de imobiliário e "alguns [são] ao abrigo de transferência de capitais".
"Não desvalorizo, apenas situo", referiu, acrescentando: "Aquelas que nós todos gostaríamos, autorizações para investimento novo, produtivo, criando postos de trabalho, continuam a ser a muito ínfima exceção", mencionou.
Santos Silva sublinhou ainda que uma das suas prioridades foi evitar que este programa "se perdesse", um risco que ocorreu no ano passado "por razões estranhas à vontade de nós todos", numa alusão ao processo judicial relacionado com a aquisição de vistos ?gold', que envolve, entre outros, o antigo ministro da Administração Interna Miguel Macedo.
"Esse risco está ultrapassado", garantiu hoje o governante.