Não há sanções. "Portugal apresentou argumentos muito sólidos"

O ministro dos Negócios Estrangeiros já reagiu à decisão da Comissão Europeia de não aplicar sanções a Portugal.

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Patrícia Martins Carvalho
27/07/2016 13:22 ‧ 27/07/2016 por Patrícia Martins Carvalho

Economia

Governo

 

Augusto Santos Silva descreveu como uma “muito boa notícia” a decisão da Comissão Europeia em não sancionar o país pelo incumprimento das metas orçamentais no período entre 2013 e 2015.

Em declarações aos jornalistas, o ministro dos Negócios Estrangeiros disse que esta decisão mostra “duas coisas muito importantes”.

A primeira, explicou, prendeu-se com os argumentos apresentados por Portugal que “eram e são muito sólidos”.

“Mostra que a razão estava e está do nosso lado. Portugal fez um esforço muito importante para a sua consolidação orçamental. O povo fez muitos sacrifícios que merecem compreensão e apoio”, afirmou, acrescentando:

Portugal está numa rota clara de consolidação orçamental, de recuperação económica e deve evitar-se qualquer medida que produza efeitos contrários à sua lógica”

Para Augusto Santos Silva, este “desenlace” mostra que “vale a pena jogar o jogo das regras europeias, vale a pena seguirmos as regras europeias e vale a pena trabalhar com todas as instituições europeias, compreendendo os argumentos dos outros, apresentando os nossos e defendendo, em todas as circunstâncias, o interesse nacional”.

Fechado este capítulo, o Governo, assegurou o ministro, vai concentrar-se no que é “essencial”, ou seja, na “recuperação da economia” sem “nunca perder de vista o esforço de consolidação orçamental” para que o país possa sair do processo de défice excessivo já este ano.

Sobre o eventual congelamento parcial de fundos estruturais para 2017, Augusto Santos Silva lembrou, citado pela agência Lusa, que "a questão vai-se colocar em setembro" e "é objeto de processo próprio".

"Aguardamos esse processo com muita tranquilidade, porque entendemos justamente que a razão está do nosso lado e confiamos no processo de diálogo que vai existir", sublinhou.

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