"São necessárias políticas macroeconómicas urgentes para conseguir um equilíbrio entre a estabilização do crescimento e pôr fim às bolhas nos ativos", assinalou o banco estatal num relatório sobre a conjuntura económica do país, publicado na quinta-feira.
A instituição prevê que a economia chinesa cresça 6,7%, este ano, o mesmo ritmo registado no primeiro semestre e dentro da meta definida por Pequim - uma expansão entre 6,5% e 7%.
O Banco da China considera ainda que a "pressão descendente na economia se reduziu, mas que a atividade económica continua baixa".
A instituição, que tem uma sucursal em Lisboa e é a mais utilizado para troca de divisas estrangeiras na China, advertiu para os riscos no setor imobiliário do país, cujos preços dispararam nos últimos meses, nas principais cidades.
O crescimento "descontrolado" do setor poderá provocar um endividamento excessivo e pôr em perigo o setor financeiro, frisou o banco.
O relatório do Banco da China surge no mesmo dia em que Wang Jianlin, o homem mais rico do país, disse que o mercado imobiliário chinês é a "maior bolha da História", em entrevista à estação televisiva CNN.
"Eu não vejo uma solução viável para este problema", afirmou o fundador do grupo Wanda, que começou por se impor no setor imobiliário, mas que nos últimos anos passou a investir também no cinema e no turismo.
"O Governo adotou todo o tipo de medidas, mas nenhuma funcionou", disse.
O imobiliário é um setor chave para a economia chinesa, a segunda maior do mundo e o principal motor da recuperação global, mas que em 2015 cresceu ao ritmo mais lento do último quarto de século.