A energética portuguesa conhecida pelo gasóleo e gasolina de baixo custo vai fazer uma forte aposta na recolha de óleo alimentar até 2020. Num comunicado oficial enviado para a redação do Economia ao Minuto, a Prio revela que vai investir três milhões de euros para instalar oleões em todo o país, com o objetivo de passar a recolher pelo menos 30% dos 110 milhões de litros de óleo por ano utilizados para cozinhar em Portugal.
"Este é um investimento para os próximos 4 anos, estando previsto ficar concluído em 2020 e que arranca já no próximo mês, com a instalação de 5 unidades de recolha avançadas e 45 unidades tradicionais. Em 2017, a PRIO espera instalar 50 oleões avançados e 50 tradicionais. 2018 terá um aumento considerável, com 150 unidades de recolha avançadas e 150 tradicionais. 2019 e 2020 já serão exclusivamente dedicados às unidades avançadas, com a instalação de 200, por ano", revela a Prio.
O óleo recolhido será utilizado para produzir biocombustível, uma fonte energética que pode ser utilizada nos veículos motorizados para reduzir o impacto ambiental.
Para Pedro Morais Leitão, presidente da Prio, "o biodiesel tem vindo a ser cada vez mais encarado como uma ferramenta de redução de CO2 e tem vindo a assumir uma importância crescente na promoção da sustentabilidade, em Portugal e no restante espaço comunitário".
"Na Prio estamos presentes em toda a cadeia de valor dos biocombustíveis, pois acreditamos que esta é a melhor forma de garantir a elevada qualidade dos combustíveis distribuídos, diminuindo, ao mesmo tempo, o seu impacto no meio ambiente. Este é mais um passo nesse sentido."
"Caso o enquadramento regulamentar nacional continue a incentivar a utilização de óleos alimentares usados na produção de biodiesel de acordo com as diretrizes Europeias, esperamos, com este investimento, ser líderes na recolha de óleos alimentares usados no mercado Português", revela Nuno Correia, responsável pelo departamento de biocombustíveis e sustentabilidade da energética portuguesa.