Governo destaca papel do setor segurador na captação de poupança

O secretário de Estado do Tesouro realçou hoje que o setor segurador desempenha um papel fundamental na captação de poupança dos portugueses e na diversificação dos produtos de investimento, a par da oferta da banca e do mercado de capitais.

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Lusa
30/11/2016 17:43 ‧ 30/11/2016 por Lusa

Economia

Tesouros

"A poupança é um tema essencial para a economia portuguesa e o setor segurador representa um papel fundamental na poupança dos portugueses, quer na captação de poupança, quer na diversificação de produtos", afirmou Ricardo Mourinho Félix num vídeo transmitido hoje durante a conferência 'Portugal Seguro 2016', promovida pela Associação Portuguesa de Seguradores (APS).

Face à impossibilidade de participar pessoalmente no evento, Mourinho Félix gravou uma declaração, na qual assinalou a necessidade de aumentar a taxa de poupança em Portugal.

"A atual taxa de poupança é menor do que devia ser", assumiu o secretário de Estado, destacando a importância da poupança dos privados, famílias e empresas, para o desenvolvimento da economia portuguesa.

Mourinho Félix apontou também para a importância da captação das remessas dos emigrantes para o défice externo do país, sublinhando a vaga recente de emigração de portugueses, derivada da crise económica e da destruição de emprego durante vários anos.

"O Governo está empenhado em contribuir para a política de poupança. É fundamental que a poupança possa ser canalizada para os produtos bancários e seguradores, evitando concentração excessiva de riscos num dos setores", realçou, apontando para o papel desempenhado pela banca, pelas seguradoras e pelo mercado de capitais.

O responsável elogiou a "forma competente e responsável como o setor segurador tem gerido a sua carteira, que tem permitido devolver à sociedade o mesmo montante, ou mesmo mais, do que os prémios captados".

Mourinho Félix abordou ainda a atualidade do setor, sublinhando que "o setor segurador já é fortemente regulado, mas tem que lidar com um aumento das exigências", nomeadamente, com as novas regras de Solvência II.

"O Governo conta com o apoio das seguradoras para o combate ao branqueamento de capitais", referiu também o secretário de Estado, que ainda apontou para a importância do setor ao nível do emprego, contando com mais de 11 mil trabalhadores em termos diretos e mais de 22 mil pessoas em termos indiretos envolvidos nos seguros.

"O setor segurador é encarado pelo Governo como um aliado e o Governo será sempre parceiro de boas ideias, pelo que vamos promover uma colaboração mais estreita com a APS para o planeamento do objetivo comum que é o financiamento da nossa economia", rematou Mourinho Félix.

No mesmo evento também participa Paulo Macedo, presidente da Comissão Técnica Vida da APS e administrador da Ocidental Vida, que é um dos intervenientes na conferência anual da entidade que representa o setor segurador e tem sido um dos nomes mais falados para assumir a liderança da Caixa Geral de Depósitos (CGD), na sequência da demissão de António Domingues.

Porém, apesar das tentativas dos jornalistas à chegada ao evento, Paulo Macedo escusou-se a prestar quaisquer declarações sobre a matéria.

Última nota para António Bagão Félix, ex-governante que também ia participar nos trabalhos desta conferência, mas que não compareceu por motivos de doença.

 

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