Vítor Constâncio ainda é um dos nomes mais polémicos da história da banca em Portugal. Durante anos, o então líder do Banco de Portugal não detetou problemas ou ilegalidades nos maiores bancos privados portugueses, mas acabou por ver tropeçar o BCP e cair o BPN e o BPP e ao longo dos últimos anos, percebeu-se que poderá também ter sido incapaz de perceber as alegadas irregularidades cometidas no BES durante o seu reinado.
As polémicas em Portugal não impediram o reconhecimento nas maiores instituições europeias e em 2010, o antigo ministro das Finanças e do Plano foi nomeado para a vice-presidência do Banco Central Europeu.
No sexto ano de uma mandato de oito, Constâncio viu o salário aumentar novamente, como se pode ver no relatório de resultados divulgado pelo BCE este mês. Durante 2016, Vítor Costâncio ganhou 334.080 euros, um valor que dividido em 14 meses (ou seja, incluindo subsídio de Natal e Férias) é equivalente a quase 24 mil euros mensais. Entre os líderes do BCE, apenas o presidente Mario Draghi ganha mais: 389.760 euros.
Desde o primeiro ano de atividade no BCE, Constâncio viu o ordenado aumentar todos os anos: começou em pouco mais de 318 mil euros e já ultrapassou os 334 mil euros.