Sindicatos da UGT criticam processo de reformas antecipadas do Novo Banco

Os sindicatos bancários afetos à UGT criticaram hoje o processo de reformas antecipadas lançado pelo Novo Banco, fruto da eliminação de postos de caixa em diversos balcões, mas a instituição fala numa taxa de aceitação acima de 85%. 

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© Novobanco

Lusa
20/02/2025 20:05 ‧ ontem por Lusa

Economia

UGT

Em comunicado, os sindicatos Mais, dos Trabalhadores do Setor Financeiro de Portugal (SBN) e Nacional dos Trabalhadores da Banca, Seguros e Tecnologias (SBC) indicaram que o banco "continua a reduzir o seu quadro de pessoal", assegurando que "foram informados pelos seus associados que a instituição está a contactar e convidar trabalhadores para aderirem a uma 'reforma antecipada', fruto da eliminação de 80 postos de caixa em diversos balcões por todo o país".

 

Sem revelar números concretos, fonte oficial do Novo Banco confirmou à Lusa que "aprovou um pacote de reformas antecipadas, que regista, à data, uma taxa de aceitação acima de 85% e existindo, inclusivamente, mais interessados nas reformas antecipadas do que o pacote de que o banco dispõe". 

De acordo com os sindicatos, "a seleção dos trabalhadores para este processo foi feita pelas direções regionais, em consonância com os respetivos departamentos (DCN e DCS), e a data de saída é 31 de março de 2025", destacou.

No comunicado, as estruturas indicaram que "o prazo para a decisão, imposto pelo Novobanco, é de apenas 72 horas, tempo esse que os sindicatos consideram insuficiente e inaceitável, tendo em conta que se trata de uma decisão que afetará a vida e o futuro dos trabalhadores".

Para os sindicatos, "o processo devia ter sido iniciado com maior antecedência".

Já o banco disse que "estabeleceu um período indicativo de resposta de até uma semana".

Na mesma nota, os sindicatos indicaram que "embora não tenham sido previamente informados pela administração do Novobanco" estão "a acompanhar atentamente o desenrolar deste processo".

Assim, aconselham todos "os associados visados neste processo que, caso tenham dúvidas ou necessitem de orientação, contactem os serviços jurídicos dos seus sindicatos".

O lucro do Novo Banco foi de 610,4 milhões de euros entre janeiro e setembro, menos 4,4% em termos homólogos.

As contas do Novo Banco até setembro indicam que foram constituídas provisões de 30 milhões de euros no segundo trimestre para "o processo de transformação enquadrado no programa estratégico de inovação e simplificação" que o banco tem em curso.

De acordo com várias fontes contactadas pela Lusa, o processo de reestruturação implica investimento tecnológico e reorganização de departamentos para tornar a estrutura mais simples.

Em setembro passado, o Novo Banco tinha 4.249 funcionários (mais 40 do que em setembro de 2023) e dispunha ainda de 291 balcões (menos um).

No final de 2024, a Lone Star e o Estado acordaram o fim antecipado do acordo de capitalização contingente, com as partes a desistirem de litígios judiciais. O fim deste mecanismo (pelo qual o Fundo de Resolução injetou mais de 3.000 milhões de euros no Novo Banco) facilita a venda do banco e permite aos acionistas receberem dividendos.

Leia Também: Novo Banco? Euronext Lisboa diz que entrada em bolsa valorizaria mercado

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