A Lotte, quinta maior empresa da Coreia do Sul, trespassou os terrenos ao Governo sul-coreano para a instalação do THAAD, que Pequim considera constituir uma ameaça ao seu território.
Washington e Seul dizem que a instalação do sistema é uma medida de precaução, face aos sucessivos testes nucleares e com mísseis realizados pela Coreia do Norte.
Nos últimos dois meses, as autoridades chinesas aumentaram a pressão sobre as superfícies comerciais do grupo Lotte.
No mês passado, o grupo foi forçado a suspender a construção de um parque de diversões na China avaliado em milhares de milhões de dólares, com o pretexto de questões de segurança.
Dados avançados pela agência sul-coreana Yonhap indicam que, nos últimos dez dias, quase vinte supermercados Lotte Mart foram temporariamente encerrados pelas autoridades chinesas por violar algum tipo de norma local, aumentando para 67 o número de estabelecimentos encerrados.
A empresa teve ainda de fechar voluntariamente vinte supermercados, devido aos violentos protestos contra a Coreia do Sul em frente àqueles estabelecimentos.
Entre os 99 supermercados Lotte na China, apenas doze continuam a operar com normalidade.
Estima-se que a empresa registará mais de 100 milhões de dólares em prejuízos se os estabelecimentos permanecerem encerrados durante um mês.
O boicote chinês afeta ainda a indústria de cosméticos, produtos audiovisuais ou setor do turismo.
Vários operadores de cruzeiros estão mesmo a desviar para o Japão itinerários com paragem inicialmente prevista na Coreia do Sul, face à reticência dos turistas chineses em visitar aquele país.
Os consumidores chineses boicotam frequentemente produtos ou marcas de determinado país com o qual a China atravessa um período de tensão.