O primeiro-ministro, António Costa, foi esta tarde de segunda-feira confrontado pelos jornalistas em relação ao fecho de balcões da CGD. O chefe de Governo chamou a atenção, em primeira instância, para o facto de o banco público estar num “momento da maior importância”.
“Este mês é o mês em que vamos concretizar o processo de capitalização da Caixa, de forma a termos uma Caixa 100% pública e com a capital necessário para desenvolver a sua atividade fundamental, que é poder ser um grande estabilizador do sistema bancário, a garantia de poupança das famílias portuguesas e um instrumento ao serviço da economia”, esclareceu.
António Costa deixou claro que, embora “o plano de recapitalização da Caixa garanta a presença da Caixa em todo o país”, “ser acionista da Caixa não significa que o Governo se deva meter no dia-a-dia da Caixa”.
“É por isso que temos um administração, que deve exercer as suas funções com independência, com autonomia”, afirmou, sublinhando que “o Governo tem toda a confiança na Caixa para a sua boa gestão”.
O primeiro-ministro indicou que “faz parte do jogo da vida política que dirijam as perguntas ao Governo” e que “o Governo cá estará para as responder” mas que este “não se substituirá à gestão diária de administração da Caixa”.
Recorde-se que a CGD prevê dispensar 2.200 pessoas nos próximos anos, prevendo ainda chegar a 2020 com um número de agências entre 470 e 490.