"Dos 28 milhões de euros investidos em formação [no setor da distribuição português], em 2016, nove milhões são da Sonae MC (Modelo Continente), ou seja, são 300 euros, em média, por cada colaborador", disse Isabel Barros, num encontro com jornalistas, em Lisboa.
A responsável realçou a aposta do grupo retalhista, que detém as marcas Modelo e Continente, em várias iniciativas visando "a realização e o bem-estar dos colaboradores", da formação a programas de recrutamento ou de ajuda a empregados com problemas financeiros, a que se juntam ações de solidariedade social junto das comunidades onde se inserem as lojas.
Questionada acerca dos vencimentos praticados no grupo, Isabel Barros referiu estarem "acima do salário mínimo nacional" e apontou o valor médio de 690 euros para um colaborador que entra para a empresa, a que acresce um conjunto de "regalias, como seguros de saúde e de vida".
No entanto, salientou outras formas de contribuir para o orçamento dos colaboradores nas áreas em que normalmente é gasto grande parte do salário, como a alimentação ou os manuais escolares dos filhos, referindo também os exemplos dos descontos possíveis através de parcerias com creches, infantários ou ginásios.
A esta vertente dirigida aos funcionários, junta-se o apoio a 760 instituições de cariz social, que atingiu seis milhões de euros, em 2016, e a aposta em inovação, com um investimento de 50 milhões de euros.
A administradora para a área dos recursos humanos transmitiu os resultados obtidos num inquérito a todos os empregados e que obteve uma adesão de 82%, dos quais 80% referiam ir todos os dias trabalhar com orgulho e 72% diziam estar satisfeitos ou muito satisfeitos com a relação com a Sonae.
Entre as tarefas futuras da responsável está a igualdade de género entre os trabalhadores, pois, embora o grupo "já esteja acima da 'quota', à medida que sobe o nível hierárquico desce a percentagem de mulheres e interessa que aquelas que estão a começar tenham oportunidade de progredir".
