Miguel Cadilhe deixa alertas sobre a situação da dívida pública portuguesa, que é “em percentagem do PIB mais do dobro de 2005” e acusa os governantes “ao longo os anos” de serem “pais dessa monstruosidade”, referindo-se ao “monstro do lado da dívida”.
No entanto, o economista defende que, apesar de os políticos não “entenderem ao peso dos défices públicos”, a democracia não está em causa, e aqui, elogia Pedro Passos Coelho.
“Não acho que falte sentido político ao primeiro-ministro. Revela coragem e perseverança, que são qualidades políticas”, disse.
Quanto ao detentor da pasta das Finanças, o ex-ministro nesse ramo defende que é “necessário uma boa dose de tecnocracia”. Sobre Vítor Gaspar, Cadilhe diz que é um ministro com uma “reputação externa” que “inspira confiança”. Apesar de o considerar “impopular”, Miguel Cadilhe acredita que “Vítor Gaspar sair, entra um Vítor Gaspar II”.
Cadilhe desdramatizou a falha consecutiva do Governo nas previsões, alegando que “a evolução das conjunturas interna e externa são razões que justificam o desvio face à realidade”.