Crédito à habitação: Transferir é o segredo para poupar. Saiba como

A alargada escolha de financiamentos na banca nacional abre muitas portas aos clientes que queiram mudar os custos do empréstimo. E a diferença pode ser muito grande.

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Bruno Mourão
31/10/2017 10:53 ‧ 31/10/2017 por Bruno Mourão

Economia

Financiamento

Assinar um contrato com o banco para comprar casa é normalmente visto como um 'casamento financeiro'. O número elevado de anos e os valores pedidos fazem desta uma das relações mais importantes da sua vida económica e como tal, é preciso que esteja sempre à procura das melhores condições. 

Apesar de muitos portugueses não saberem, existe uma alternativa muito interessante para poupar nas prestações que muitos não exploram, mas que oferece vantagens muito interessantes: a troca de banco. 

Para perceber melhor como funciona este processo e quanto pode melhorar a conta bancária dos clientes, o Economia ao Minuto pediu ao Comparajá para estudar o tema. As conclusões são claras: apesar das vantagens terem de ser estudadas caso a caso, os portugueses ficam quase sempre a ganhar. 

"Comprova-se, a partir das simulações do ComparaJá.pt, que uma família que tenha ainda 200 mil euros no seu crédito à habitação poderá poupar, caso tenha solicitado o seu empréstimo em 2012 e ainda lhe faltem 30 anos de pagamento, cerca de 40 mil euros. Esta diferença, que já inclui a comissão de reembolso antecipado, deve-se à grande diferença na taxa de juro oferecida então", explica a plataforma de comparação de produtos financeiros e serviços. 

O Comparajá salienta que "conforme vamos avançando no tempo, e com a progressiva redução dos spreads, as diferenças nos custos vão diminuindo", mas ainda assim "para alguém que tenha feito o seu crédito no ano passado, para um montante em dívida de 200 mil euros a 30 anos as poupanças no final do empréstimo ascendem, em média, a mais de seis mil euros". 

Os custos extra devem ser tidos em conta, principalmente no que toca às pensalizações por reembolso antecipado e às comissões de abertura, avaliação, ou transferência do crédito, mas com uma negociação cuidadosa é possível mudar para um banco que aceite isentá-lo da maior parte destes pagamentos. 

"Uma das vantagens de considerar agora a transferência de crédito à habitação é a existência de vários bancos que estão dispostos a suportar os custos associados à mudança do crédito de outra instituição, os quais poderão ser elevados, daí a importância de fazer bem as contas antes de optar pela transferência pois pode não compensar em todos os casos. Aproveitar as atuais campanhas pode significar poupanças de alguns milhares de euros", explica Sérgio Pereira, diretor geral do ComparaJá.pt. 

O mais importante é analisar o seu caso específico num conjunto de bancos e fazer bem as contas para garantir que fica com os custos mais baixos. 

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