"O crescimento económico será essencialmente definido pelos desenvolvimentos nos setores do gás e do petróleo; sem novos campos de petróleo a começarem a bombear, as reservas são baixas e a produção dos campos em maturação vai continuar a decair", escrevem os peritos da unidade de análise da revista britânica The Economist, antecipando uma recessão de 2,9% em 2018, que depois vai melhorando até aos 0,3% em 2022.
Numa análise à economia do mais recente membro da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, que no domingo realiza eleições, os analistas da Economist dizem esperar "que a produção caia mais do que os cortes prometidos à Organização dos Países Exportadores de Petróleo, devido aos declínios naturais".
Na nota de análise, os analistas escrevem que "o setor do gás mostra mais potencial, com várias empresas a planearem infraestruturas de exportação de gás natural liquefeito (LNG, na sigla em inglês)".
No entanto, sublinham, "mesmo assumindo que estes projetos de gás conseguem superar os significativos problemas financeiros, técnicos e regulatórios, a produção de LNG não vai compensar o impacto económico do declínio da produção de petróleo durante o período da análise".