Portugal e UE lançam projeto para contribuir para paz na Colômbia

Portugal e a União Europeia vão lançar um projeto de cultivo de cacau na Colômbia, a desenvolver durante 36 meses com investimento de 3,9 milhões de euros, que pretende contribuir para consolidar a paz através do desenvolvimento socioeconómico.

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Lusa
14/03/2018 19:47 ‧ 14/03/2018 por Lusa

Economia

Cultivo

 

A secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Teresa Ribeiro, em visita oficial à Colômbia iniciada na terça-feira, ressalvou a importância do projeto para "o processo de paz" no país sul-americano.

Executado pelo Instituto Marquês de Valle Flor, com financiamento da Cooperação Portuguesa e do Fundo Fiduciário da União Europeia para a Colômbia, o projeto destina-se à "mobilização dos pequenos agricultores para o cultivo de cacau, um cultivo ativo de um produto que tem ótimas condições de crescimento e expansão na Colômbia".

Denominado "Territórios Sustentáveis para a Paz em Caquetá", o projeto será executado nos municípios de La Montañita e El Paujil, no Departamento de Caquetá, com um investimento total de 3.937.150 euros, num período de três anos.

Contactada telefonicamente pela agência Lusa, Teresa Ribeiro referiu que "o projeto obedeceu a características muito particulares", assinalando que não só "se envolveram as comunidades locais, os pequenos agricultores", como as "autoridades locais, o Governo central (da Colômbia) e o setor privado".

A intenção foi a de que o projeto não se circunscrevesse a "uma atividade de mera subsistência", pelo que "era essencial assegurar a implicação dessas mesmas autoridades e o seu interesse no desenvolvimento" da iniciativa.

O projeto "insere-se no quadro do Fundo Fiduciário da União Europeia "para dar resposta aos desafios colocados pelo processo de paz na Colômbia".

"Todos estes projetos desenvolvidos no âmbito do Fundo Fiduciário devem ser contributos ativos para o processo de paz neste país", afirmou a membro do Governo, em visita oficial de cinco dias à Colômbia.

Teresa Ribeiro realçou o envolvimento do setor privado, aludindo a duas empresas portuguesas que já operam na Colômbia há algum tempo: a Mota Engil, que "se ocupará da construção das vias secundárias que permitirão o escoamento do cacau", e a Grupo Jerónimo Martins, "a quem caberá absorver o cacau, para, depois, o introduzir no mercado".

Com o envolvimento das comunidades de Caquetá, das autoridades locais e do setor privado, a governante criou-se "um círculo perfeito".

"Por isso, estamos muito confiantes que possam ser replicados este projeto em outros pontos da Colômbia e que possa por essa via contribuir para o processo de paz", salientou Teresa Ribeiro.

A secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação revelou também que, durante a estada na Colômbia, estará na inauguração de um novo estabelecimento do Grupo Jerónimo Martins, "a loja 400 no país, que é um sinal muito claro deste investimento do grupo" naquele país.

Teresa Ribeiro sublinhou a importância de levar "mais portugueses" para a Colômbia, uma vez que Portugal "tem uma balança comercial negativa" com a nação sul-americana.

"O modelo de relacionamento com a Colômbia tem sido mais de investimento no país e de internacionalização das nossas empresas. Tem-se apostado mais nisso do que propriamente no comércio", referiu a governante.

 

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