“A empresa vai para liquidação, não há outro caminho. Não há activos, os credores não recebem nada. A dívida [créditos] foi toda ‘ao ar´”. Quem o afirma é o advogado de A Vida é Bela, Alfredo Lemos Damião, que em declarações ao Jornal de Negócios confirma os piores receios dos mais de 1.500 credores aos quais a empresa devia um total de 13 milhões de euros. Tudo indica, pois, que não os conseguirão reaver.
A Vida é Bela chegou a facturar 46 milhões de euros em 2011, entre Espanha e Portugal, mas um ano depois iniciava a sua escalada descendente rumo ao abismo financeiro.
O dono da empresa, António Quina, que previa facturar 200 milhões de euros em 2013, acabaria por suspender a actividade no fim do ano passado.
Porém, remanescia ainda alguma esperança para os credores da empresa que se propunha a concretizar sonhos através de vouchers. Mas O BES, por sinal o maior credor de A Vida é Bela, acabou por reprovar o plano de salvação, o único que lhe restava.
Assim, perante a inevitabilidade da falência definitiva da empresa, reforça o advogado Lemos Damião: “Não há lugar à recuperação de um só cêntimo”.