O príncipe britânico Harry denunciou hoje, segunda-feira, a caça furtiva em África e apelou à proteção da natureza, "fundamental para a sobrevivência" humana, durante uma visita ao Maláui.
Harry prestou homenagem a um soldado britânico que morreu numa operação anti-roubo no Maláui.
"Qualquer um que coloque suas vidas em perigo ao servir o seu país deve ser fortemente apreciado", disse o duque de Sussex, no âmbito de uma viagem oficial pela África Austral.
Harry colocou uma coroa de flores em memória de Matthew Talbot no Liwonde National Park (sul), onde o soldado de 22 anos morreu em 05 de maio de 2019 na sequência de um ataque de um elefante.
A vítima fazia parte de um contingente destacado no Maláui, um antigo protetorado britânico, para combater a caça furtiva.
"Desde a erradicação dos caçadores furtivos no terreno até à sua condenação em tribunal, este trabalho ajuda a encontrar criminosos da vida selvagem", disse o príncipe Harry, citado pela agência France-Presse.
Num artigo publicado hoje no diário britânico Daily Telegraph, o Duque de 35 anos de idade considerou "fundamental para a sobrevivência" humana proteger a natureza.
"Devemos superar a ganância, a apatia e o egoísmo", escreveu Harry. "Sou movido pelo desejo de ajudar a restaurar o equilíbrio entre os seres humanos e a natureza".
"Os seres humanos e os animais precisam fundamentalmente coexistir, caso contrário, nos próximos dez anos, os nossos problemas no mundo tornar-se-ão ainda mais incontroláveis", alertou. "Pode parecer 'hippie' para algumas pessoas, mas não nos podemos dar ao luxo de ter uma mentalidade 'eles' ou 'nós'".
Depois de Botsuana e Angola, Harry deverá regressar à África do Sul esta terça-feira, onde se juntará à esposa, Meghan, e ao filho Archie, de quatro meses.
Na quarta-feira, último dia do périplo da família real britânica de dez dias pela África Austral, o casal deverá conhecer Graça Machel, viúva dos presidentes Samora Machel (moçambicano) e Nelson Mandela (sul-africano).