"Quando sei que ultrapassei um limite para mim acabou", diz Hélder
Depois de ter sido expulso do ‘Big Brother - Duplo Impacto’, na quinta-feira, por ter feito a saudação nazi dentro da casa mais vigiada do país, Hélder esteve à conversa com os jornalistas, esta sexta-feira.
© TVI
Hélder confessa que "não concorda" com a sanção que lhe foi dada. Está de acordo com o facto de merecer ser castigado pelo que fez, mas não com a expulsão.
“Imaginamos que domingo não saía (porque estava nomeado), podia ser automaticamente nomeado para a próxima semana”, disse, dando um exemplo de uma possível sanção a ser aplicada.
Em relação ao feedback que já recebeu entretanto, Hélder garante que “toda a gente está do seu lado e o apoia”. “Disseram que foi injusto da parte do ‘Big Brother’ ter feito o que fez e a forma como falou comigo. A forma da expulsão foi uma forma muito fria, muito estranho”, acrescentou.
“Podia ter falado de uma outra forma. Todos somos seres humanos e eu próprio não sou agressivo a falar, falo calmamente. Mesmo que tenha que discutir ou chamar a atenção, falo de uma forma calma porque é assim que nos conseguimos entender”, continuou, referindo-se de seguida às chamadas de atenção que recebida do colega Pedro Soá, que eram sempre feitas num tom “muito alto, mais agressivo”. “E eu não gosto. Se é para ensinar, ensina-se calmamente”.
“Não fazia a mínima ideia que o gesto que fiz poderia causar meio mundo ou mundo inteiro”, frisou, explicando que o fez “sabendo que é um gesto militar e não focando que tinha a ver com a Alemanha, com Hitler”. “Fazia o gesto porque achava que era engraçado, nunca o fazia levando para a maldade”, afirmou.
Hélder não sai de costas voltadas com a equipa do ‘Big Brother’, com a TVI, mas não deixou de se mostrar, frisa, “muito triste com a forma como o Big Brother o expulsou da casa, a frieza”. “De resto compreendi”.
Pedindo desculpa pelo seu ato, destacou também que é “contra a violência doméstica, contra os assassinatos, tudo o que envolva guerras é o primeiro a fugir”. “Gosto de saber algo da história, como decorreu os antepassados, mas sou contra tudo aquilo que ele [Hitler] fez”, salientou.
“Cheguei a ver muitos vídeos dele, mas nunca percebi o conteúdo do gesto, que podia afetar alguns seres humanos, não fazia a mínima ideia”, realçou, contando que assim que saiu do jogo foi pesquisar sobre o tema e que hoje não voltava a repetir o que fez.
Hélder reconhece também que não cabe ao ‘Big Brother’ interferir com as atitudes dos concorrentes, no entanto, dada a situação, sente que este deveria tê-lo chamado à atenção e explicado a gravidade do seu gesto. “Não custa. Acho que é sempre bom alertar. Automaticamente não o iria fazer”, disse.
Após saber que a sua expulsão tinha sido notícia no Brasil, Hélder destacou que “tem a certeza que houve muitos brasileiros que acharam injusto”.
O agora ex-concorrente do programa da TVI acredita que estava a fazer um bom jogo dentro da casa da Ericeira, justificando que “dava ação e ânimo”. “Certamente iria chegar até ao fim”.
Mãe foi avisada pela produção com antecedência sobre o que se passava com o filho
Hélder contou que a produção do programa ligou para a mãe um dia antes de ser expulso para lhe explicar o que se iria passar. “Eles já sabiam disto tudo na quarta-feira”, revelou, referindo que “num primeiro impacto foi um choque” para a progenitora.
“Mãe que é mãe doe sempre, ainda para mais quando se fala nos filhos e os julgam”, acrescentou, afirmando que não é “um criminoso”. “Neste momento ela [a mãe] está mais calma, mas não gostou de algumas coisas que, supostamente, a produção criou ou quis fazer comigo. Achou que me estavam a humilhar, a querer deitar abaixo”, disse.
“Voltaria a entrar novamente”
Mesmo com a imagem que acabou por ficar manchada com toda a polémica, Hélder assegurou que “voltaria a entrar novamente” na programa da TVI. “E ia continuar a ser o mesmo genuíno, o mesmo brincalhão de sempre. Iria ter cuidado com os gestos", destacou, frisando que não vai voltar a repetir tal atitude.
“Sabendo que poderei estar a magoar algumas pessoas, é óbvio que não vou estar a tocar sempre na mesma tecla. Quando sei que ultrapassei um limite para mim acabou, já não volta a acontecer mais”, afirmou.
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