Depois de ter contado o seu passado marcado pelo vício das drogas e álcool, Rosa Villa voltou a lembrar esta fase da sua vida no ‘Casa Feliz’, esta quinta-feira, 15 de abril.
Em conversa com João Baião e Diana Chaves, começou por dizer: “Chegas a um ponto em que já não consegues esconder e baixas os braços e entregas-te a quem possa cuidar de ti e ajudar-te a tratar desse problema que é a adição. É uma doença grave que as pessoas não têm noção”.
“As pessoas acham que é o bêbado ou o drogado. Não! A adição é uma doença que pode ser com drogas ou com álcool, mas pode ser de outra coisa, pode ser de comida, de jogo. Há muitas formas de adição, mas as dos consumos é realmente muito complicada", acrescentou.
"Sou uma pessoa muito ansiosa, hoje em dia menos porque também aprendi a conhecer-me. Porque depois há as tuas fragilidades, não te convidam para trabalhar e pensas que não prestas para nada... Isto era tudo uns 'se' na minha cabeça horríveis. Às vezes estava a fazer um trabalho e estava sempre a pensar se estava bem, se estava a fazer bem... É uma luta interior e começas a apoiar-te na adição porque te solta. Ficas mais solto, encaras a vida de outra forma. Claro que é uma primavera [instantânea] porque depois o inverno é tenebroso. E passei por fases muito complicadas, mesmo. Fiz tratamentos", continuou.
Em relação aos tratamentos, recordou que esteve numa “quinta”. “Tinha ar livre para tu estares contigo, aquilo parecia quase um ‘Big Brother’ porque estamos ali uma série deles. Na altura éramos uns 20 que estávamos ali na quinta fechados com os terapeutas, e começas a conhecer-te, começas a acalmar a tua ansiedade, começas a perceber quem és e a aceitar-te. Tudo isso é uma evolução e um trabalho que se faz diário. Continuo a fazer isso sempre”, destacou de seguida.
Quando chegou o primeiro confinamento, no ano passado, por causa da pandemia, Rosa Villa sentiu-se ‘assustada’, mas conseguiu ultrapassar. “Foi muito trabalho inteiro que fiz. Hoje sinto-me uma mulher mais feliz”, partilhou.
Leia Também: "A minha separação foi triste. A adição é uma doença para a vida"