"Que se lixe, desculpem lá. Eu optei por viver, a Amy Winehouse não"

Raquel Tavares confessa que o percurso da cantora britânica foi decisivo quando optou por terminar a sua carreira no mundo da música.

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Notícias ao Minuto
22/09/2021 17:53 ‧ 22/09/2021 por Notícias ao Minuto

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Raquel Tavares

Raquel Tavares esteve no programa 'Era o que Faltava', da Rádio Comercial, onde numa entrevista intimista conversou com  João Paulo Sousa e Ana Martins.

A apresentadora de televisão falou abertamente sobre a decisão de abandonar a carreira no mundo da música e explicou nunca se ter identificado com a vida de artista. 

"Eu gosto de fazer concertos, no entanto a logística que envolve a vida artista, a vida da estrada e a indústria, que pode ser leonina, eu não gostava assim tanto", refere, dando conta de que esteve dois anos em processo de reflexão até tomar a decisão de abandonar os palcos. 

"No dia em que eu tomei a decisão, vou parar, foi sem dúvidas e, naquele momento, foi sem retorno", diz, explicando que se refere ao fim da sua carreira na indústria na música e não da sua ligação à música. 

"Na verdade, o resultado da minha vida profissional foi o que ambicionaram por mim, e eu agradeço, mas não era este o meu propósito", assegura ao lembrar os mais de 20 anos em que a sua vida foi dedicada ao fado. 

História de Amy Winehouse foi decisiva para Raquel

Existiu na tomada de decisão de Raquel uma personalidade que fez a diferença e tornou mais fácil a escolha de abandonar os palcos. Falamos de Amy Winehouse, um ídolo para a antiga fadista. 

"A Amy desde que apareceu tornou-se uma presença assídua na minha vida", começa por afirmar a agora apresentadora.

"Um ano antes de eu ter decidido parar de cantar eu assistia ao documentário sobre a vida da Amy Winehouse, eu diria, sem excesso, uma vez por semana", revela.

Raquel via o DVD de Amy como para se "mentalizar" de que não queria acabar como a famosa artista britânica. 

"Havia coisas ali que eu reconhecia e era assustador perceber que era muito parecido", confessa. 

"A Amy Winehouse, o percurso da Amy e o que infelizmente lhe aconteceu foi para mim decisivo. Se havia ocasiões em que eu pensava: não Raquel, não pode ser, tens tantas pessoas que dependem do teu trabalho e esperam tanto de ti. Depois via o DVD da Amy e pensava: não, que se lixe, desculpem lá. Então e a minha vida? Eu optei por viver, a Amy não. É só isto, em última análise foi isto", termina, garantindo que dois anos depois de ter tomado esta decisão é agora mais feliz e realizada.

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