António Raminhos esteve esta quinta-feira, 7 de outubro, à conversa com Manuel Luís Goucha a propósito do lançamento do seu novo livro 'Somos Todos Estranhos' onde aborda o transtorno obsessivo-compulsivo, diagnóstico com que já lida há muitos anos.
"Acho que é importante sabermos a origem das coisas por uma questão de identificação, mas a partir daí bola para a frente", começa por dizer.
"Obviamente que há a componente genética. A minha tia, irmã do meu pai, era obsessiva-compulsiva, e o meu pai também é. Tem a ver com a noção do controlo, com a incapacidade de viver na dúvida, de não conseguir controlar o que vai acontecer, então arranja-se modos que a nossa cabeça acha que consegue controlar", explica.
"Acho que sempre implicou um sofrimento na minha vida. Não consigo controlar, ninguém controla aquilo que pensa", sublinha ainda, referindo que um dos casos mais notórios foi quando pensou que tinha contraído alguma doença quando o barbeiro lhe fez um pequeno corte.
"Digo que quem lida com questões da perturbação obsessiva-compulsiva vive como um toxicodependente ou como um alcoólico. O obsessivo procura aquela compulsão para encontrar alívio também", termina.
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