Cerimónias fúnebres de António Reis têm início na quarta-feira

O ator morreu esta terça-feira, 4 de abril. Tinha 77 anos.

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© Créditos Seiva Trupe

Lusa
05/04/2022 20:15 ‧ 05/04/2022 por Lusa

Fama

António Reis

As cerimónias fúnebres do ator e encenador António Reis, cofundador da companhia de teatro Seiva Trupe, que morreu hoje, no Porto, têm início na quarta-feira, na Igreja de Nossa Senhora da Lapa, informou hoje a funerária.

O corpo de António Reis estará, entre as 16h30 e as 20h00 de quarta-feira, em câmara ardente na sala dos quadros da Igreja de Nossa Senhora da Lapa, no Porto.

As exéquias fúnebres começarão às 15h30 de quinta-feira, na mesma igreja, seguindo depois o funeral para o Cemitério da Venerável Ordem da Lapa, segundo o comunicado divulgado.

O ator António Reis, cofundador da Seiva Trupe e do Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica (FITEI), morreu hoje, aos 77 anos, no Porto, na sequência de doença prolongada.

"Ao seu nome ficam ligadas memórias e as raízes do teatro no Porto", sublinhou a Seiva Trupe, em comunicado, lamentando perder "um dos alicerces em que se fundou e cresceu nestes mais de 48 anos".

António Reis iniciou atividade nos anos de 1960 no Grupo dos Modestos, num espetáculo de Joseph Kesserling, e ingressou depois no Teatro Experimental do Porto, em 1970, onde fez a estreia profissional e trabalhou durante dois anos.

Em 1973, juntamente com Júlio Cardoso e Estrela Novais -- também vindos do Teatro Experimental do Porto -, António Reis cofundou a Seiva Trupe, onde foi ator, mas também encenador, cenógrafo, diretor de produção e diretor de cena, refere o Centro de Estudos de Teatro, da Universidade de Lisboa, na sua base de dados.

"Foram dezenas os êxitos, quer no palco, quer como corresponsável da emblemática estrutura teatral do Porto, sendo difícil distinguir, pelas suas qualidade e personalidade inconfundíveis, a escolha entre o famoso 'Um Cálice de Porto' ou, antes, em 'Perdidos numa Noite Suja' de Plínio Marcos, ou, depois em 'Macbeth' de Shakespeare ou 'Uma Visita Inoportuna" de Copi', escreveu o Seiva Trupe em nota de pesar.

A par do teatro, António Reis também fez cinema e televisão, tendo trabalhado, sobretudo, com Manoel de Oliveira, em filmes como "Vale Abraão" (1992) e "Singularidades de uma rapariga loira" (2008).

António Reis foi igualmente um dos fundadores do FITEI -- Festival de Teatro de Expressão Ibérica e, ao longo da carreira, recebeu alguns prémios pelo labor no teatro português, nomeadamente a Medalha de Mérito Cultural da Câmara Municipal do Porto (1988), a comenda da Ordem do Infante (1995) e o prémio Lorca, pela Universidade de Granada em Espanha (1995).

Leia Também: António Reis é uma "inspiração" para toda a companhia, diz diretor do TEP

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