"A memória do meu pai é, de tudo o que se apresenta na minha consciência, a mais bela das ideias": foi desta forma que João Manzarra começou por fazer um tributo ao pai, António Manzarra que morreu em 2019.
"Coberta por um véu, é luz em constante disponibilidade de revelação no obscuro jogo da mente. Um sopro leve que arrasta as pedras da pressão. Verdadeiro antídoto para a tristeza e o medo. É também lembrete em tinta dourada para depositar sempre alegria no dia do outro", continua.
"A memória que me deixou é inestimável, desafiadora do tempo, capaz de devolver ao presente as sensações do mais sentido abraço. A memória dos telefones também é muito boa. Está lá o mais belo dos sorrisos", recorda ainda, com carinho.
"Levou-me aos dias de tratamento no Hospital de Santarém em que rejubilava com o marisco que lhe levava. Às fotos das viagens a Roma, Cairo e Bahamas que partilhava com vaidade. Aos dias espojado na mata. Às flores que o paravam sempre para as contemplar. As caminhadas na praia e os incríveis abraços a três. Tenho pai. Feliz dia", completa.
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