Esta segunda-feira, 15 de janeiro, foi transmitida uma entrevista que Manuel Luís Goucha fez a Ruben Aguiar, músico que foi acusado de tentativa de homicídio por, alegadamente, ter tentado atropelar um homem em abril de 2023.
O artista garante que foi vítima de uma "campanha de difamação", considerando-se inocente.
Tudo aconteceu quando Ruben seguia no carro e entrou em contramão numa estrada, facto que lhe valeu uma troca de argumentos com outro homem, a alegada vítima.
O músico nota que chegou a sair do carro para tentar resolver as coisas a bem, mas que ao perceber que o indivíduo em questão estava a alterado, uma vez que deu murros à sua viatura, desistiu.
"Vim para dentro do carro, o homem não contente passa em frente ao meu carro e ao se aperceber que eu ia arrancar começa-me a dar murros outra vez, já do lado direito do carro. Eu entrei em pânico e decidi ir embora. Não me apercebi que passei por cima do pé, única e exclusivamente do pé, porque nas filmagens que se tem só passo por cima do pé", descreveu, garantindo que na altura "entrou em pânico" e que se tivesse percebido o que aconteceu, teria ficado e prestado ajuda, não ido embora.
"Se eu quisesse matar o homem na hora em que ele está a passar bem à frente do meu carro, eu atropelo-o. Isso não aconteceu", argumenta. "O homem não teve um único segundo em perigo de vida, porque efetivamente também no vídeo vê-se ele a tentar levantar-se", diz ainda.
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Após a altercação, Ruben Aguiar passou a viver uma fase muito difícil da sua vida. Durante dois meses esteve preso no Estabelecimento Prisional do Montijo: "Fui deixado ali ao abandono, fui aprender a sobreviver", lamenta.
Nos primeiros cinco dias, o entrevistado ficou numa solitária, tendo direito apenas a duas horas no exterior por dia. "São dias dramáticos, é aprender a sobreviver. Chorava todos os dias, só pensava nos meus filhos", reflete.
Entretanto, este passaria para uma camarata que dividia com outros sete reclusos, com os quais se deu bem até ao perto do fim da pena. "Cheguei a ser queimado com água quente por um recluso", lembra.
Veja aqui a entrevista de Ruben Aguiar.
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