A actual situação económica da Europa está a chamar a atenção da segunda maior economia mundial, que só no ano passado aumentou os processos de fusões e aquisições neste continente em 21%, o que corresponde a um total de 12,6 mil milhões de dólares (9,6 mil milhões de euros), de acordo com um estudo da Capital, citado pela Dow Jones.
Segundo o mesmo documento, em 2012, o Velho Continente foi mesmo o destino preferido dos investidores chineses, tendo representado uma fatia de 33% do investimento total da China, no valor de 37,8 mil milhões de dólares (28,8 mil milhões de euros).
Portugal também levou uma fatia deste bolo com a entrada da China Three Gorges na EDP. No ano passado a empresa chinesa comprou a participação que o Governo português detinha na eléctrica liderada por António Mexia por 2,7 mil milhões de euros.
Recorde-se que a China já não realizava nenhum investimento em terras lusitanas desde 2005. Só a partir de 2011, quando Portugal mergulhou na crise, é que a China começou ter ‘apetite’ pelo país, segundo um estudo publicado pela Heritage Foundation. O total de investimentos chineses em Portugal nesse ano atingiu os 2,6 mil milhões de euros (3,5 mil milhões de dólares), acrescenta.
O interesse dos investimentos chineses na maior potência da Europa, a Alemanha, prende-se maioritariamente com a indústria mecânica.
Já na França, além de sectores como o da energia, as empresas chinesas têm investido em segmentos ligados à imagem do país liderado por François Hollande no exterior, como marcas de moda de luxo e vinhos.