Os investigadores concluíram que as mulheres que comem menos de três peças de fruta por mês demoram, em média, mais 50% de tempo a engravidar, comparativamente a mulheres que comam mais de três unidades daquele alimento mensalmente.
O consumo de ‘fast-food’, ou da chamada comida rápida, foi também analisado. As mulheres que a ingeriam raramente engravidaram pelo menos um mês antes, do que quem comia ‘fast-food’ durante quatro vezes por semana ou mais.
Enquanto que o consumo de fruta e de comida rápida afeta o tempo que as mulheres demoram a gerar, os investigadores não conseguiram estabelecer a mesma ligação com o consumo de vegetais ou de peixe.
O estudo foi publicado no periódico Human Reproduction, e questionou um universo de 5,598 mulheres acerca da sua dieta, durante a sua primeira visita pré-natal ao médico.
Esta era a primeira gravidez para as voluntárias, provenientes do Reino Unido, da Irlanda, da Austrália e da Nova Zelândia.
Entre os casais envolvidos no projeto de investigação, 468 (8%) foram classificados como inférteis (isto é, demoraram mais de um ano para conceber) e 2,204 (39%) conceberam dentro de um mês.
Quando os investigadores analisaram o impacto da dieta na fertilidade, apuraram que nas mulheres com o menor consumo de fruta, o risco de infertilidade subiu entre 8% a 12%; e entre aquelas que comiam ‘fast-food’ quatro vezes por semana ou mais, o risco de infertilidade aumentou entre 8% a 16%.
A professora Claire Roberts, da Universidade de Adelaide, que conduziu a investigação, disse: “Os resultados mostram que ingerir uma dieta nutritiva, que inclui fruta e minimiza o consumo de comida rápida, melhora os níveis de fertilidade e reduz também o tempo de espera para engravidar”.