Até que ponto é saudável diminuir a percentagem de massa gorda?

Treinar muito também não é bom. É errada a ideia que simplesmente por se treinar se é saudável.

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Mariana Botelho
29/08/2018 08:00 ‧ 29/08/2018 por Mariana Botelho

Lifestyle

Massa Gorda

O Índice de Massa Corporal, ou IMC, indica a percentagem total do corpo humano composta por gordura. A gordura é, de imediato associado a algo mau, e assim o é quando é excesso, contudo, a massa gorda é também essencial para o bom funcionamento do organismo.

O cálculo do IMC tem em conta a idade, peso, altura e sexo da pessoa. Por exemplo, para uma mulher de 30 anos que meça 1,60m e pese 62Kg, o IMC deve estar entre os 18,5 e os 24,9 – um valor que qualquer personal trainer irá querer conhecer antes de avançar com qualquer conselho ou plano de treino.

Mas se uma percentagem de massa gorda acima da média é desaconselhável, também o é quando o seu valor é demasiado baixo, o que acontece em casos em que se treina em excesso, má alimentação ou a conjugação destes dois maus hábitos.

Como resultado desta falta de gordura, a mulher pode sofrer inúmeras consequências que a afetam a nível hormonal, nomeadamente deixar de ter o período que pode até levar à menopausa cedo demais.

Segundo a Women’s Health do Reino Unido, embora a defesa e valorização de um corpo fit e saudável que substitui os padrões de beleza anteriores (em que se apostava na magreza extrema), a verdade é que ainda são muitos os caso em que, no caminho para um corpo ‘perfeito’, exageram nas dietas, com uma muito baixa quantidade de hidratos de carbono ou gorduras, por exemplo, ou no exercício físico desmedido. Por isso, especialistas alertam para a ideia contrária à que muitas vezes se acredita: lá por treinar não significa necessariamente que se está saudável.

Explica a publicação que esta deficiência de nutrientes, que advém de uma má alimentação, e gasto de energia superior ao que é consumido é chamado de RED’s (sigla inglesa para Défice de Energia Relativa no Desporto) e surge quando o corpo é obrigado a usar as reservas de energia que não deveriam ser usadas no dia a dia, pelo menos não no de uma pessoa normal. O resultado? Infertilidade.

Embora o REDs seja comum em triatletas, pelo elevado esforço físico a que se obrigam, o especialista em neuroendocrinologia Smiths garante que o problema surge principalmente aquando de um défice de nutrição. Ou seja, se alguém pratica treinos bi-diários mas complementa o esforço com um maior aporte nutricional, dificilmente sofrerá do problema.

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