Esta semana publicamos um estudo feito pela Sociedade Canadiana para Fisiologia do Exercício, onde se apontam os números ideais para que uma criança em desenvolvimento cresça de forma saudável: são eles entre 9 a 11 horas de sono ininterrupto, um mínimo de duas horas de atividade física por dia e um máximo de duas horas em frente à televisão por dia, onde se deve preferir os programas de foro educacional.
Embora o estudo sirva para alertar acerca dos maus hábitos relacionados não só com a televisão mas também computador, tablets ou smartphone, sabe-se que esta é, ainda, uma realidade bastante comum.
Lembremos que, da amostra em estudo, apenas cerca de 5% ia ao encontro dos números aconselhados. Pelo contrário, a maioria passa, em média 3,6 horas em frente a um ecrã – quase o dobro do recomendado.
Por isso, importa explicar os efeitos que os ecrãs têm nos mais novos a nível cerebral. Ao contrário do sono e prática de exercício físico, que não apresentaram resultados neste sentido, foi com o tempo que se passa com um ecrã que o cérebro dos mais novos apresentou diferenças relativamente aos resultados de testes de lógica e raciocínio, que é maior no caso de crianças que passam menos de duas horas com televisão ou outro ecrã.
Pelo facto da amostra em questão ser composta por indivíduos com o cérebro ainda em desenvolvimento o estudo torna-se mais desafiante, pois os cientistas admitem não saber se os comportamentos apresentados a nível cerebral são influenciados por outros aspetos ambientais. Contudo, tal fase de desenvolvimento leva também à necessidade de um cuidado ainda maior face a práticas pouco aconselhadas ao desenvolvimento cognitivo.