Sabemos que faz mal. Mas como é que o uso de ecrãs afeta os mais novos?

Estudar o cérebro humano é um desafio para os neurologistas, mas o caso em análise é essencial para garantir a saúde infantil.

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Mariana Botelho
06/10/2018 09:35 ‧ 06/10/2018 por Mariana Botelho

Lifestyle

Sedentarismo

Esta semana publicamos um estudo feito pela Sociedade Canadiana para Fisiologia do Exercício, onde se apontam os números ideais para que uma criança em desenvolvimento cresça de forma saudável: são eles entre 9 a 11 horas de sono ininterrupto, um mínimo de duas horas de atividade física por dia e um máximo de duas horas em frente à televisão por dia, onde se deve preferir os programas de foro educacional.

Embora o estudo sirva para alertar acerca dos maus hábitos relacionados não só com a televisão mas também computador, tablets ou smartphone, sabe-se que esta é, ainda, uma realidade bastante comum.

Lembremos que, da amostra em estudo, apenas cerca de 5% ia ao encontro dos números aconselhados. Pelo contrário, a maioria passa, em média 3,6 horas em frente a um ecrã – quase o dobro do recomendado.

Por isso, importa explicar os efeitos que os ecrãs têm nos mais novos a nível cerebral. Ao contrário do sono e prática de exercício físico, que não apresentaram resultados neste sentido, foi com o tempo que se passa com um ecrã que o cérebro dos mais novos apresentou diferenças relativamente aos resultados de testes de lógica e raciocínio, que é maior no caso de crianças que passam menos de duas horas com televisão ou outro ecrã.

Pelo facto da amostra em questão ser composta por indivíduos com o cérebro ainda em desenvolvimento o estudo torna-se mais desafiante, pois os cientistas admitem não saber se os comportamentos apresentados a nível cerebral são influenciados por outros aspetos ambientais. Contudo, tal fase de desenvolvimento leva também à necessidade de um cuidado ainda maior face a práticas pouco aconselhadas ao desenvolvimento cognitivo.

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