Não é uma questão de modas. Ser vegetariano ou vegan tem, também, um grande peso ambiental por contrariar o grave efeito que a produção de vacas e porcos tem a nível de poluição.
Este é um dos pontos por que os insetos surgem como uma opção de alimento para um futuro que não está assim tão longe quanto se pensa. É por não fazer parte da cultura que muitos acham estranho ou mesmo nojento o comer insetos, contudo, tal já é feito noutros países. Caso o argumento não seja suficiente, o entomólogo holandês Marcel Dickle, que estuda a biologia dos insetos, acrescenta que não é justo a forma como os insetos são vistos, e justifica: “A realidade é que os insetos são responsáveis por este ser um planeta habitável para nós, proporcionam serviço à comunidade (ao polinizar e eliminar resíduos orgânicos), além de serem o primeiro elo da cadeia alimentar”. Por tudo isto, é preciso mudar-se a imagem que se tem dos insetos, refere o especialista que vê a barreira como apenas psicológica.
Fora isto, os argumentos ecológicos e nutritivos deverão ser suficientes para que se comece a mudar de opinião sobre o assunto.
Além disso, a grande versatilidade destes alimentos permite usá-los de inúmeras maneiras. O El Mundo conta que já existem várias opções em supermercados na Europa, Espanha inclusive, como patê ou barritas de ‘cereais’, este é um exemplo de produto com grande qualidade nutricional, já que grilos têm mais proteína do que salmão e mais cálcio do que o leite.
Ainda a nível nutricional, os insetos contam com menos quantidade de gordura, que contrasta com a grande presença de ómega 3 e ácidos gordos.