Esta que era a peça até então em falta pertence aos peixes, em específico o Astyanax Mexicanus, espécie que se encontra nos rios a norte do México e que foi estudada por anos.
A necessidade de adaptação a novos meios, por culpa das correntes, nomeadamente de ambientes mais abertos para espaços escuros, como grutas, foi o aspeto que chamou a atenção de vários especialistas que repararam que aquela espécie passou a contar com alterações a nível fisiológico, entre os quais a essencial reparação do coração.
A resposta para tal aspeto parecia estar no gene lrrc10, que já havia sido relacionado a uma condição do coração no caso humano – a cardiomiopatia dilatada – que se envolve no processo de contração celular a cada batimento cardíaco. Agora, apontam-se mais vantagens, nomeadamente a regeneração de tecido deste órgão.
Tal é essencial, principalmente em casos de ataque cardíaco que levam a inevitáveis repercussões negativas no coração que por vezes obrigam a um transplante de coração. Com a injeção do gene de origem em peixes (já analisada noutras espécies), espera-se que o próprio coração de quem sofreu algum problema cardíaco seja totalmente recuperado e num curto período de tempo.