Atualmente, e de acordo com uma reportagem divulgada pela BBC News, existem cerca de 37 milhões de pessoas que vivem com o vírus, sendo 70% delas em África. Do total, 1,8 milhão foram infetados em 2017.
Desde o primeiro ciclo de expansão da SIDA, na década de 1980, surgiram inúmeros mitos que alimentaram o preconceito e o estigma sobre o que significa ser contaminado e viver com o VIH.
Tendo como base o Dia Mundial de Luta Contra a SIDA, que se celebrou no passado dia 1 dezembro, a BBC convida a desmistificar alguns mitos que se criaram em torno desta doença:
1º Mito: É possível contrair o vírus ao estar perto de pessoas com VIH
Essa informação falsa tem fomentado a discriminação contra pessoas seropositivas.
Não é possível que ser contaminado ao:
- Respirar no mesmo ambiente;
- Abraçar, beijar ou apertar as mãos;
- Dividir alimentos;
- Compartilhar uma fonte de água potável;
- Usar equipamentos comuns no ginásio;
- Tocar num assento de vaso sanitário ou numa maçaneta.
O VIH é transmitido por meio da troca de fluidos corporais com indivíduos infetados, como sangue, sémen, fluido vaginal e leite materno.
2º Mito: Terapias alternativas podem curar a SIDA
Nada verdadeiro. Terapias alternativas, tomar banho depois do sexo ou ter relações sexuais com uma virgem - elementos que aparecem no universo da desinformação a respeito do tema - não surtem efeito contra o VIH.
3º Mito: Mosquitos podem espalhar o VIH
Embora o vírus seja transmitido por meio do sangue, diversos estudos mostram que não pode ser contraído através de picadas de insetos que se alimentam do sangue humano.
4º Mito: Não se contrai o VIH via sexo oral
É verdade que os riscos de infeção por meio do sexo oral são menores do que em outras modalidades. A taxa de transmissão é inferior a quatro casos em 10 mil atos sexuais.
Mas pode contrair o vírus ao realizar sexo oral com um homem ou uma mulher que seja VIH positivo - e é por isso que os profissionais de saúde recomendam sempre o uso de preservativo.
5º Mito: Não serei contaminado se usar preservativo
Se se rasgarem, os preservativos podem falhar em evitar a exposição, também se escorregarem ou vazarem durante o ato sexual.
6º Mito: Sem sintomas, sem VIH
Um indivíduo pode viver 10 ou 15 anos com o VIH e não apresentar sintomas. Após a infeção inicial, os seropositivos podem também experienciar situações semelhantes a gripes, com febre, dores de cabeça ou de garganta, não identificando o motivo real para estas manifestações fisiológicas.
Outros sintomas podem surgir ainda à medida que a infeção ataca progressivamente o sistema imunológico: inchaço nos gânglios linfáticos, perda de peso, febre, diarreia e tosse.
7º Mito: Pessoas com VIH morrerão jovens
Pessoas ficam a saber que são seropositivas e que aderem precocemente ao tratamento vivem cada vez mais anos e de forma saudável.
8º Mito: Mães com VIH irão sempre infetar os filhos
Não necessariamente. Mães com vírus suprimido podem ter bebés sem transmiti-lo.