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Seis hábitos que reduzem significativamente risco de cancro da mama

Práticas saudáveis são, comprovadamente, formas simples de diminuir a probabilidade de desenvolvimento da doença tantas vezes fatal.

Seis hábitos que reduzem significativamente risco de cancro da mama

O cancro da mama é o tumor maligno mais frequente da mulher. A sua incidência na Europa ocidental é de 90 novos casos por ano em cada 100 mil habitantes e em Portugal é semelhante.

A mortalidade por cancro da mama é baixa, ou seja, esta doença tem um bom prognóstico. Cerca de 85% das mulheres com cancro da mama estão bem cinco anos após terem estado doentes.

O site especializado Time Health preparou uma lista com seis hábitos simples que podem ajudar as mulheres a reduzir os riscos:

1. Coma fibra

A fibra já provou ser extremamente benéfica para o controlo do peso, melhorando ainda o funcionamento do sistema digestivo; agora, o nutriente também ajuda a reduzir o risco de desenvolvimento de cancro da mama. Um estudo publicado no British Medical Journal (BMJ) descobriu que comer três porções diárias de frutas e verduras ricas em fibras durante a adolescência diminui em 25% o risco da doença na fase adulta.

Os investigadores notaram ainda que certas frutas conferem maior proteção: maçã, banana e uvas são mais redutoras durante a adolescência, enquanto que o consumo de couve e laranja contribuem para a redução do risco na idade adulta.

2. Cuidado com a gordura

Uma pesquisa publicada em maio no JAMA Oncology descobriu que mulheres que seguem dietas pobres em gorduras e ricas em grãos integrais correm um risco 22% menor de morrer de cancro da mama. Também foi sugerido que as mulheres que mantiveram a dieta menos gordurosa por períodos mais longos apresentaram uma probabilidade maior de sobreviver à doença. 

“O que vemos é um efeito notável. Mostramos que a intervenção dietética após o diagnóstico foi mais importante do que a intervenção dietética antes do diagnóstico”, explicou Rowan Chlebowski, co-autor do estudo.

3. Evite o consumo de álcool

Um artigo publicado no ano passado no Journal of Clinical Oncology mostrou que o consumo regular de bebidas alcoólicas está associado a pelo menos sete tipos de tumores, principalmente ao cancro da mama. Os especialistas estimam que 5,5% dos novos casos de cancro no mundo estão relacionados com o consumo excessivo de álcool. Tal ocorre porque o álcool pode aumentar os níveis de estrogénio para um grau potencialmente perigoso. 

“Embora esta associação tenha sido estabelecida há muito tempo, a maioria dos oncologistas, dos leigos e dos pacientes com cancro não estão cientes do risco. Esta foi uma oportunidade para aumentarmos a consciencialização”, comentou Noelle LoConte, da Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos. 

4. Não fume

O tabagismo já é conhecido por aumentar a probabilidade do desenvolvimento de cancro do pulmão, mas novas pesquisas sugerem que os carcinógenos presentes no cigarro podem aumentar também o risco de outras variantes de tumores, incluindo o cancro da mama.

Um estudo publicado no ano passado no periódico científico Breast Cancer Research sugeriu que o risco é particularmente maior para mulheres que começam a fumar na adolescência, uma vez que os cigarros afetam as vias hormonais durante o desenvolvimento das mamas.

5. Pratique exercício físico

O exercício físico traz inúmeros benefícios para a saúde física, em especial à cardiovascular, e mental – ajudando a aliviar o stress e melhorando o humor. Pesquisas também mostraram que a atividade física regular pode reduzir o risco de cancro da mama. A explicação: o exercício pode melhorar o sistema imunitário e reduzir a gordura corporal, fator que já está associado ao menor risco da doença. 

A queda na inflamação também é um resultado positivo. “Inflamação é uma ativação de células e componentes derivados de células que têm o trabalho de combater invasões e, em alguns casos, apenas absorver ou limpar células danificadas”, explica Valter Longo, da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, à Time Health. 

6. Reposição hormonal

A terapia de reposição hormonal costuma ser procurada por mulheres que desejam aliviar os sintomas da menopausa, como ondas de calor e fadiga. No entanto, um relatório divulgado pelo Sociedade Norte-Americana de Cancro revelou que utilizar essa terapia pode aumentar o risco de cancro da mama.

A terapia de estrogénio-progesterona (EPT) é um dos tratamentos que aumentam a probabilidade – quanto mais EPT for usado, maior é o risco, apontou pesquisa. Destacou-se ainda que mulheres que utilizam a terapia de estrogénio-progesterona estão mais propensas a descobrir o cancro da mama quando este já está maior e se espalhou para além da mama – tornando assim a taxa de sobrevivência significativamente menor.

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