O teste revolucionário poderá ajudar a salvar milhões de vidas em todo o mundo e evitar com que muitos homens sejam sujeitos a biopsias invasivas e dolorosas.
Cientistas afirmam que o novo exame poderá estar disponível nos próximos cinco anos.
Em Portugal, o cancro da próstata é o tipo de cancro mais frequente no homem (superior ao cancro da pele e ao cancro do pulmão), registando-se aproximadamente quatro mil novos casos por ano.
Estima-se ainda que um em cada seis homens terá diagnóstico de cancro da próstata ao longo da sua vida, mas só um em cada 35 virá a falecer devido a esta doença.
A sobrevivência estimada ao fim de cinco anos após o diagnóstico é de aproximadamente 100%, aos 10 anos cerca de 93% e aos 15 anos de 76%, segundo informações disponibilizadas pela rede de hospitais privados CUF.
Estima-se ainda que mais de metade dos casos não manifestem qualquer tipo de sintomas, e como tal os médicos costumam diagnosticar o tumor já sua fase mais avançada, quando também já se tornou mais agressivo.
E agora um grupo de cientistas da Universidade de East Anglia (UEA), em Norwich, no Reino Unido, desenvolveu um teste à urina capaz de detetar alterações subtis que ocorrem em genes específicos.
Nos ensaios clínicos iniciais que envolveram 537 homens, o exame previu acuradamente se os indivíduos necessitavam de realizar mais testes ou se necessitavam de ser submetidos a algum tipo de tratamento.
O professor, investigador e médico Jeremy Clark, da Faculdade de Medicina da UEA, disse em declarações ao jornal The Sun: “O teste conseguiu prever com exatidão a progressão da doença até cinco anos antes de ser detetada através dos exames invasivos tradicionais, como a realização de biopsias”.
Acrescentando: “O teste tem um enorme potencial de transformar o diagnóstico e tratamento do cancro da próstata”.