É fã de atum? Atenção, estudo alerta que comer este peixe pode fazer mal

Investigadores norte-americanos analisaram riscos de contaminação por mercúrio em estudantes que consumiam o alimento com frequência.

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Liliana Lopes Monteiro
07/07/2019 08:05 ‧ 07/07/2019 por Liliana Lopes Monteiro

Lifestyle

Alimentos perigosos

Ainda que um alimento prático, o atum pode trazer danos à saúde se consumido em excesso. Isso porque o peixe contém pequenas doses de mercúrio, elemento químico nocivo para a saúde dos humanos. Tendo isso em mente, investigadores da Universidade da Califórnia em Santa Cruz (UCSC), nos Estados Unidos, decidiram realizar testes em estudantes que consumiam regularmente atum enlatado.

A partir de amostras do cabelo dos alunos, foi possível detetar que, para alguns deles, a quantidade de mercúrio estava acima dos níveis recomendáveis. Segundo o estudo, 54% dos alunos consumiam atum três vezes por semana, o que já pode exceder a dose de metilmercúrio considerada segura pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA). Em sete participantes, o consumo era um tanto mais surpreendente: estes alunos admitiram comer o alimento 20 vezes por semana.

“Isso não significa necessariamente que os estudantes sofrem efeitos de toxicidade, mas esse já é um nível para o qual se recomenda reduzir a exposição ao mercúrio”, afirmou Myra Finkelstein, professora-adjunta da UC Santa Cruz.

Os investigadores aperceberam-se ainda uma falta de conhecimento dos alunos quanto aos perigos da exposição ao mercúrio: 99% deles afirmaram não ter noção de todo dos potenciais riscos. E os académicos consideram inclusive que a maioria da população em geral não esteja a par desses mesmos riscos. 

A maioria dos estudantes entrevistados pensava que era seguro comer até três vezes mais atum do que o recomendado pela EPA (duas a três porções por semana). 

No ser humano, o mercúrio pode causar danos neurológicos e provoca efeitos na saúde reprodutiva, por isso a preocupação sobre o consumo de atum é maior em mulheres grávidas e crianças. Em casos graves, a substância pode levar à cegueira, ao impedimento cognitivo e ao mau funcionamento pulmonar.

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