Oito super doenças com as quais nos vamos preocupar no futuro

Especialistas alertam que inúmeras doenças poderão surgir brevemente - e contra as quais ainda não fazemos ideia de como combater.

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Liliana Lopes Monteiro
09/07/2019 14:00 ‧ 09/07/2019 por Liliana Lopes Monteiro

Lifestyle

Doenças do futuro

Existem mais de sete bilhões de pessoas na Terra e, até 2050, algumas estimativas da ONU apontam que esse número vai aumentar para quase 10 bilhões. E sabe quem vai celebrar em grande essa notícia? As doenças, como alerta uma reportagem divulgada pela BBC News.

Todas estas ‘novas’ pessoas vão necessitar de lugares para viver e de comida, o que por sua vez vai aumentar a urbanização, a migração e a conversão de habitats naturais em terras agrícolas. Não esquecendo ainda a problemática do aquecimento global que só tem tendência a piorar. Ou seja, o cenário perfeito para o surgimento de novos patógenos.

Novos tipos de influenza

Entre 1918 e 1919, uma forma do subtipo da gripe H1N1 matou cerca de 100 milhões de pessoas em todo o mundo. O mais assustador é que uma epidemia inclusive de maior dimensão pode ocorrer novamente. Durante os estágios iniciais de um surto, a falta de informação pode torná-lo um problema gravíssimo. Se as pessoas estão mal informadas ou desinformadas - fenómenos das 'fake news', por exemplo -, demoram mais a procurar ajuda das autoridades, o que aumenta a chance de fatalidades. Com uma grande desconfiança pública e a propagação de rumores falsos pelas redes sociais, uma nova e mortal forma de gripe, se surgir, pode ultrapassar os esforços de contenção.

E-Coli resistente a antibióticos

O problema do uso excessivo de antibióticos na produção animal e na medicina humana está a provocar cada vez mais o desenvolvimento de doenças resistentes a qualquer tipo de tratamento. E. coli e Staphylococcus são dois tipos de bactérias infecciosas que podem tornar-se incuráveis. 

Vício em realidade virtual

Um estudo recente da University of British Columbia, no Canadá, descobriu que jogos online têm todas as características da dependência: maior tolerância, desejos e abstinência. A pesquisa também vinculou jogos pesados a transtornos mentais, incluindo ansiedade e depressão. Há uma especulação generalizada de que, à medida que a tecnologia de realidade virtual torna esses jogos ainda mais imersivos e 'reais', o vício em jogos e os seus danos decorrentes irão disparar.

Carrapatos

As mudanças climáticas vão trazer outra consequência: o aumento da distribuição geográfica e da densidade populacional de carrapatos. Com eles, novas doenças. Um carrapato asiático foi descoberto recentemente em Nova Jersey, nos Estados Unidos. Na Ásia, ele transmite e transmite um patógeno viral mortal.

Vírus antigos

O derretimento dos icebergs polares causa muita procupação, principlamente quanto ao nível do mar. Mas há outro risco, o de um vírus congelado que pode assim ressurgir. Investigadores já descobriram o ADN de um vírus 'gigante' de 30 mil anos no gelo siberiano e, embora este não pareça ser uma ameaça para o ser humano, é uma evidência de que micróbios com o potencial de causar epidemias poderiam ser preservados em antigas camadas de gelo ártico.

Doenças causadas por nanopartículas

As nanopartículas são objetos biológicos e sintéticos infinitamente pequenos que são atualmente utilizados em quasetudo, de fármacos a corantes alimentícios. Adicionalmente, desempenham um papel fundamental em testes e tratamentos médicos, criando novas formas de estudar o corpo humano e de agir sobre ele, mas também podem ter efeitos 'imunotóxicos', alterando a função imunológica humana de formas imprevisíveis. Pesquisas indicam que as nanopartículas têm a capacidade de induzir a inflamação, podendo atravessar as barreiras celulares e causar danos no ADN.

Novos vírus transmitidos por mosquitos

Temperaturas extremamente elevados e chuva em excesso em lugares que costumavam ser amenos e relativamente secos podem fazer os mosquitos migrarem para novas áreas. Com novos hospedeiros, novos vírus que podem misturar-se dentro de um mosquito e gerar novos patógenos.

Disforia induzida pela tecnologia

O termo psicológico 'disforia' refere-se a um estado geral de desconforto, ansiedade ou insatisfação com a vida. Atualmente, há discussões sobre o uso pesado de tecnologias pessoais e móveis (ou seja, smartphones) estar a gerar depressão ou ansiedade. E a incorporação de tecnologias mais poderosas e mais invasivas pode aumentar alguns desses efeitos.

 

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